sábado, dezembro 30, 2006

agora percebi

o povo não gosta de cultura, só de coisas da Treta...
"A longa-metragem de José Sacramento chegou aos cinemas em Outubro e em três meses conquistou três vezes mais espectadores que todos os outros 17 filmes de produção nacional estreados em 2006. O filme custou 800 mil euros e obteve uma receita bruta de bilheteira d e mais de um milhão de euros."

será que o JN se enganou no país

neste, todos nós sabemos, a cultura tem que ser fortemente subsidiada, porque o povo é pouco dado a estas coisas, não lê, etc e tal... e é "obrigação" do Governo /Autarquias/... pagar a sua formação. É, não é?

"É um país a duas velocidades o que parece ditar o andamento da área cultural. Se, a nível oficial, o Ministério sofreu cortes de 10% - tornando cada vez mais longínquo o objectivo do 1% do PIB, prometido pelo actual executivo até ao fim da legislatura -, bem diferente é o panorama oferecido pelos privados."

atalhos no caminho para a Democracia

Na Venezuela, o caminho para a “Democracia” é trilhado, dia a dia, com determinação...

"É melhor prepararem as malas e ver o que farão a partir de Março"porque" não haverá concessão para esse canal golpista que se chama Rádio Caracas Televisão",...Chávez frisou também que, durante o mandato presidencial, o seu espaço radiofónico e televisivo dominical "Alô presidente" será convertido numa sala de aulas, estando a ponderar que a sua emissão passe a ser diária e alargada a todas as rádios e televisões do país."

“O presidente venezuelano pediu à Assembleia Nacional para mudar o nome das Forças Armadas Nacionais (FAN) para Forças Armadas Bolivarianas, argumentando que assim se identificariam melhor com o seu projecto de Governo de um "socialismo do século XXI"
Enquanto numa Democracia perto de nós (apesar de tudo, talvez a melhor)…
“O presidente da Câmara de Londres, o trabalhista Ken Livingstone, planeia um grande festival para celebrar na capital britânica o 50.º aniversário da revolução cubana de Fidel Castro, ...”

sexta-feira, dezembro 29, 2006

"que pôs mãos à obra"...ontem, como hoje

Pode até não parecer,

mas isto está ligado com isto . Quando o Estado deixa de ser Estado tudo se vai misturando. Não se garante o minímo de dignidade à vida de uns enquanto se decide como enterrar outros.
Por vezes a realidade é por demais deprimente, e avassaladora a miséria humana.

Iguais a nascer, iguais a morrer

Guardem esta notícia!!!, por Helena Matos, no Blasfémias
"Câmara impõe minimalismo estético, com jazigos estilizados para acabar com "decorações excessivas", assume o vereador. ...uma vez que os jazigos vão deixar de ser decorados de acordo com o gosto dos familiares do falecido." (boldsmeus)
O que é impressionante é que o "monstro" vai crescendo, ganhando maiores poderes, intervindo cada vez mais fundo na vida, e até na morte, e lentamente vai anestesiando os cidadãos que já não só não reagem, como até aplaudem...a caminho da servidão!

sábado, dezembro 23, 2006

olha se isto pega...

Então não é que a Câmara do Porto (CMP) não dá tolerância ("tolerância", expressão assim a modos de gozar com os pategos que pagam impostos) no dia 26 de Dezembro, dia em que é pressuposto trabalhar, para todos os seres com emprego e que não estejam em férias (assumidas).

Pois foi este o crime cometido pela CMP, e como tal "vê mais uma decisão ser contestada". Como muito bem recordou o Senhor Avelino, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, trata-se de um "perigoso precedente" ou, segundo o PCP da cidade, "É um perigoso precedente que põe em causa os direitos dos trabalhadores". Claro que é, a querer que as pessoas trabalhem em dias em que lhes pagam para trabalhar, onde é que já se viu coisa assim...mas tá tudo doido!!!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

não pelo mercado, não pelos clientes...

mas "Época de saldos será antecipada na nova lei a publicar em Janeiro", hoje no Jornal de Negócios

Segundo Sua Excelência, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor...e das épocas de saldos, "o Governo vai antecipar os dois períodos anuais de saldos da actividade comercial".

Será que Sua Excelência, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor...e das épocas de saldos, não poderia criar uma lei que obrigasse todos os portugueses a comprar todos os produtos e serviços de uma qualquer empresa minha, quando e ao preço por mim definido. Sei lá, digo eu que sou bom rapaz e que estou certo poder fornecer os melhores produtos e os melhores serviços à população portuguesa...e a qualquer outra onde Sua Excelência, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor...e das épocas de saldos, consiga chegar.

Agradecido!

A Infâmia da Censura

Em A Arte da Fuga, este e este, dois excelentes posts sobre a A Infâmia da Censura.

"Eduardo Cintra Torres, "Um documento negro e infame", hoje no Público:
O meu artigo de 20.08, Como se Faz Censura em Portugal, centrado nos noticiários de 12.08, tinha página e meia em A4. A ERC produziu sobre ele uma Deliberação e uma Recomendação de 234 páginas, ...É um documento negro para a história da liberdade de expressão após o 25 de Abril, sem paralelo na produção de matéria sobre o assunto por parte de organismos do Estado. Extenso, produzido por uma equipa que inclui dezenas de pessoas, em 3,5 meses [...] A ERC defende o mesmo tipo de censura e atropelo à liberdade que denunciei no meu artigo: afirma que o director do PÚBLICO "tinha o direito-dever de não publicar" esse artigo. Considero este documento infame, oriundo de uma entidade marcada pela suspeita da sociedade livre desde a sua origem e que agora confirma as mais negras previsões ao agir sob o signo da desonestidade intelectual, abuso de competências e ao defender a censura no nosso Portugal livre."

"António Barreto ("Quem o tem chama-lhe seu"), hoje no Público:
[...] um passo dado no condicionamento da liberdade de expressão é sempre um passo a mais.
[...] a liberdade de expressão não é um privilégio dos jornalistas, é um direito dos cidadãos.
Este governo está à beira de pensar o impensável: dá sinais de acreditar em que a liberdade dos cidadãos é incompatível com o poder. O seu."

domingo, dezembro 17, 2006

Porto-Gaia e Matosinhos e área verde













Interessante esta questão que Alexandre Burmester levanta em A Baixa do Porto

...e pagar impostos

ainda a corrupção, Poder Central vs Local

Na senda do post anterior, sobre o fenómeno, pergunto: será mais provável a corrupção local ou nacional, uma sob monitorização dos munícipes, outra sob monitorização dos contribuintes.

e já agora, terá maior impacto quando numa qualquer obra municipal ou numa obra de regime, assim tipo aquela coisa -OTA- que até hoje ninguém (i.é., quase ninguém...) percebeu para que servirá.

Isto sou eu a perguntar...

Copy the Nordic Solutions, Not the Problems!

Johnny Munkhammar do think-tank sueco Timbro, num discurso sobre os modelos nórdicos, por AA , em O Insurgente:
"Thus, the conclusion that can be drawn is that the Nordic countries built their first success when they were very market-oriented with low taxes and small government. And when they tried socialism, success faded and problems mounted. Now, they have made market-oriented reforms in completely different fields of society and created success: Finland in telecom, Denmark in the labour market, Iceland in banking, Sweden in private pensions, etc.

All this is really an empirical study in the success of the market and reforms liberating free exchange. It confirms numerous scientific studies about how low taxes bring high economic growth and how a free labour market creates more jobs. Sure other countries can learn from this. Avoid the socialist big welfare state and continue to do market-oriented reforms.

The Nordic countries teach both the lesson of avoiding big government –under its various names such as welfare state or social model– and that free-market reforms work. The Nordic countries have done very different reforms, and none of them – perhaps except Iceland – has been as reformist as Ireland, Britain, Estonia, or Slovakia and have thus not had equally positive results."

Contra a Implementação da Experiência Pedagógica TLEBS

Leiam integralmente a petição, e assinem-na aqui, se estiverem de acordo.

muito importante, numa caixa de comentários perto de si...

Na caixa de comentários de um post de Pedro Arroja, alguém que assina como “anti-comuna” (é pena que quem pensa e escreve tão bem se esconda atrás de um nickname)

“…nas sociedades democráticas de hoje, o respeito pela esfera privada está a desaparecer. Ou seja, a dita classe média, fortemente moralista, hipócrita e suspirando por segurança, admite e apoia um Estado cada vez mais omnipresente na esfera privada e alheia. Ou seja, é um comunismo mais soft mas mais tenebroso e preocupante. Baseia-se nas aspirações de uma maioria contra as restantes minorias. Legitimado pelo voto popular. (Fazendo lembrar a República Romana de outros tempos, mas de um modo mais moderno e sofisticado.)

Querem exemplos do Portugal de hoje? O fim do sagrado princípio da reserva de confidencialidade entre o mero advogado e o seu cliente. Quando o Estado se arroga no direito de exigir que o causídico perca a legítima salvaguarda dos direitos de um cidadão, cliente deste causídico, temos a maior perversão de sempre, na história recente humana…

Mas há mais. Como é possível que se admita que o Estado imponha um microchip implantado numa viatura particular? Que se saiba foi aprovado um projecto-lei em que se impõe a implantação de um microchip na viatura de cada um de nós, para o Estado nos controlar os movimentos.Depois temos a nova leia da imprensa ou comunicação social que aprova a introdução da censura. Mas a censura legitimada através do voto popular.

Sem falar na perda dos direitos do cidadão contra o Estado, em caso de litígio contra este. Isto é simplesmente voltar ao velho totalitarismo. Relembro o seguinte. A PIDE tinha mesmo como nome a salvaguarda do Estado, este sendo confundido com a Nação ou modernamente entendida como Sociedade. Hoje acontece o mesmo, temos o Estado com cada vez mais poder contra o cidadão, em nome da defesa do próprio Estado.

Ou seja, com a queda das ditaduras ocidentais, em especial o comunismo, o nazismo e ditaduras várias, como a de Franco, Pinochet ou Salazar, o mundo ocidental, vendo como seu inimigo o islamismo religioso, começa a adoptar políticas que antes só as ditaduras tomavam. E algumas nem foram tão longe como as medidas que este desgoverno, por exemplo, tomou.

O que se passa é que com o 11 de Setembro e as réplicas que se seguiram, em nome do combate ao terrorismo, por um lado, e em nome do combate à alta criminalidade e evasão fiscal por outro, o Estado está cada vez mais forte e o cidadão cada vez mais desprotegido contra os poderes tentaculares deste. Poucos liberais estão a compreender estas mutações nas ditas sociedades livres. Desde Portugal até à velhinha Inglaterra, até ao caso mais paradigmático, o americano.

E como se legitima este novo poder político autoritário? Sustenta-se no elevado número de cidadãos dependentes do Estado. Desde o mero funcionário público até ao simples pensionista. Os votos destes e dos seus familiares são garantia para os detentores do poder do Estado. Que sob chantagem económica, emocional, psicológica (ver como o terrorismo é usado para cortar nas liberdades civis) e social, o Estado é cada vez mais senhor e dono das nossas vidas. É o esclavagismo moderno ocidental. Os tontinhos das oligarquias islâmicas têm os seus tribunais religiosos, nós temos o Estado, os seus senhores e os seus capatazes, quem em nome de utopias sociais, aceitam e até incentivam o fim da Liberdade individual e colectiva.

É certo que aqueles que descobrem o Liberalismo através da teoria económica muitas vezes perdem-se e perdidos nem sabem por onde legitimar o seu discurso contra o Estado. Agarram-se demasiado à defesa do capitalismo, confundindo-o com o Liberalismo. Quando o que importava era voltar ao velho Liberalismo, da luta contra o obscurantismo, da luta pelos básicos e fundamentais direitos do cidadão livre, contra o despotismo, contra as oligarquias, contra as tiranias, contras os "velhos senhores", agora com outras roupagens.…"

sábado, dezembro 16, 2006

primeiro empresário português a ser distinguido com o Prémio Pessoa

Certos acontecimentos, parecendo pequenos, são grandes. Uma importante notícia para o mundo universitário e empresarial português, hoje, no JN, com os meus sublinhados:

"O trabalho desenvolvido pelo professor universitário e presidente-executivo da YDreams, especializada em novas tecnologias de informação e conhecida sobretudo pelos jogos interactivos para telemóveis, foi considerado pelo júri "uma verdadeira revolução".

A YDreams nasceu em 2000, fruto de um professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, no Monte da Caparica, que teimava que a investigação feita naquele estabelecimento de ensino deveria servir para mais do que para atribuir notas aos alunos. António Câmara reuniu à sua volta um pequeno grupo de investidores e investigadores interessados no projecto, aplicaram 50 mil euros e criaram a empresa."

Por isso, a corrupção é um fenómeno muito mais generalizado e intenso no sector público do que no sector privado

Pedro Arroja, no Blasfémias:

"A probabilidade de um acto de corrupção ser detectado e denunciado é muito diferente, porém, consoante ele ocorra no sector privado ou no sector público.

Assim, um gestor de compras que adjudica um certo contrato a um dado fornecedor, e não a outro que pratica preços mais baixos, só porque o primeiro lhe concedeu certos favores, lesando o seu patrão em um milhão de euros, tem uma probabilidade muito diferente de o seu acto ser detectado e denunciado conforme o seu patrão seja uma empresa ou o Estado.

Se o seu patrão é um empresário em nome individual, é este que vai suportar por inteiro o custo do acto corrupto do seu empregado, no valor de um milhão de euros, conferindo ao empresário um poderoso incentivo para vigiar o seu gestor de compras, cortando-lhe todas as veleidades. Mesmo que a empresa seja propriedade de cem pessoas, cada uma terá um prejuízo de dez mil euros em resultado do acto corrupto do seu gestor de compras, conferindo aos empresários, ainda assim, um incentivo importante para nomearem um homem da sua inteira confiança para o lugar e o vigiarem de perto.

Porém, quando o patrão é o Estado, o custo do acto corrupto praticado pelo gestor de compras de uma instituição pública, no valor de um milhão de euros, é disperso por milhões de cidadãos-contribuintes. Num país de dez milhões de cidadãos, cabe a cada um deles um custo de dez cêntimos, não dando a nenhum um incentivo suficiente para vigiar de perto os actos patrimoniais daquele gestor de compras e de todos os agentes que, no sector público, actuam em seu nome.

Por isso, a corrupção é um fenómeno muito mais generalizado e intenso no sector público do que no sector privado - uma conclusão que levou o economista Ludwig von Mises a escrever que a corrupção é a consequência normal da estatização. E, na realidade, analistas ligados à Transparency International, a agência que monitoriza os índices de corrupção em cerca de 150 países do mundo, sugerem que em alguns países, a corrupção no sector público chega a representar 90% de toda a corrupção no país."

Calvin, sonhando com a OTA

sexta-feira, dezembro 15, 2006

pensar que o rapaz...















andou a encantar meio mundo...

temos um liberal infiltrado no governo


ou era mau de mais mesmo para um socialista? Link no JN

Público, 15dez: "redução do nº de funcionários dos actuais 10.500 para 7.000".

em "Lisboa, de 4.737 para 1.756"; "transferência de sedes dos laboratórios de Veterinária, Pescas e Investigação Agrária para Vairão, Olhão e Elvas, respectivamente".

como "os agricultores e os pescadores não estão na Praça do Comércio", era fundamental descentralizar", frisou (muito bem!) o Ministro Jaime Silva.
E ninguém tinha reparado?

os jogos dos campeões

No Dragão, defrontam-se duas potências mundiais,
e lá terá que se mandar o "special one" pela borda fora ...

FC Porto (Por) - Chelsea (Ing)
Celtic Glasgow (Esc) - AC Milan (Ita)
PSV Eindhoven (Hol) - Arsenal (Ing)
Lille (Fra) - Manchester United (Ing)
AS Rome (Ita) - Lyon (Fra)
FC Barcelona (Esp) - Liverpool (Ing)
Real Madrid (Esp) - Bayern Munique (Ale)
Inter Milão (Ita) - Valência
(Esp)

quinta-feira, dezembro 14, 2006

ouvi dizer que lá donde saiu há muitas mais...


Roubadinho à Eterna, sem remorsos...

e concordam com o quê?

"João Cunha e Serra, membro da Fenprof e da Internacional da Educação, esteve ontem presente na reunião entre o MCTES e a OCDE. "Não concordamos com as fundações nem com a proposta de os docentes e não docentes deixarem de ser funcionários públicos", disse, considerando que também há aspectos positivos no relatório da OCDE".

o IEFP e o (des)emprego em Portugal

adiantou ao JN o presidente daquele instituto, que descobriu isto tudo desde Março deste ano:
"Chamamos as pessoas para um emprego ou para fazerem formação profissional e quem já está a trabalhar, por norma, não aceita", porque "as duas actividades não são compatíveis, disse"
"Só a partir de Março é que o instituto passou a cruzar dados com a Segurança Social e a avisar, de forma centralizada, os beneficiários da perda do subsídio. Desde então até Outubro, tinham sido enviadas 5143 cartas. A média mensal de intervenções e de cortes de subsídio indica que perto de um quarto dos chamados para um trabalho ou formação a tempo inteiro - incompatível, por isso, com um emprego não declarado - decidiu recusar, sujeitando-se ao corte do benefício".

quarta-feira, dezembro 13, 2006

John Cleese ensina política


John Cleese SDP/Liberal Alliance political broadcast 1987 .
Muito bom! Obrigado Gabriel.

hoje, citando

"De nada vale a pena pensar, é preciso reflectir primeiro",

Pierre Dac

assim do tipo “o meu ditador é mais fixe que o teu”

Estas discussões são muito divertidas, assim do tipo “o meu ditador é mais fixe que o teu”...ou "tás a ver" que sou democrata...

Eu, que tenho o raio do defeito de não gostar de ditadores, assim a modos dos que mandam matar pessoal que pensa diferente deles, ou que gostaria de dizer o que pensa, não tenho grande jeito para festas destas.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

para mim, o melhor blogue 2006


Parabéns ao Blasfémias, que recebeu os óscares de «Melhor Blogue Colectivo 2006» e de «Melhor Blogue 2006», atribuídos pelos bloggers que participaram na votação proposta pelo Geração Rasca.

uma reportagem que é um país

No Público de 10dez, sob o título “93 postos de trabalho por um euro”, um retrato do país em que nos vamos transformando:

Uma empreendedora, Conceição Pinho, que merece todo o meu respeito (como merecem todos os que lutam pela vida, sem a asa protectora do estado) comprou uma fábrica (Afonso, Confecção de Vestuário) aos seus antigos donos, que a iam fechar. Não por 1 euro, mas por 1 euro + passivos (250 mil euros, segundo a reportagem) - activos (dos quais não se fala, porque para os jornalistas as organizações só têm passivos…)

“400 euros mensais, é o salário médio dos operários da fábrica”, i.é., ganham todos próximo do salário mínimo nacional (SMN) e, mesmo assim, lutam dia a dia pela sobrevivência…No próximo ano, com o aumento do SMN, a empresa terá ainda maiores dificuldades para sobreviver, pois vende “minutos” em concorrência com outros que os vendem mais baratos, e o diferencial aumentará.
Desejo que não, mas e se um dia a empresa for à falência pela incapacidade de suportar o aumento de custos? Pergunto eu, que percebo pouco disto: é melhor uma empresa continuar a laborar, dando emprego a 93 pessoas, pagando o que pode, ou ir á falência e os 93 operários para o (subsídio de) desemprego?

Uma pérola final: "dois partidos políticos quiseram visitar a fábrica, mas desistiram quando lhes foi dito que não poderiam vir acompanhados de jornalistas". Isto de defender causas sem jornalistas para as registar é uma canseira…

Boa sorte para a empresa e para esta ex-trabalhadora, hoje empresária, que afirma, ao arrepio dos vendedores de ilusões: “É um empresa perfeitamente normal. Uma cooperativa com 90 cabeças dura uma semana, não dura mais” Nem mais.

um programa para a educação

vive na Feira e estuda no Porto, teve 20 de média no secundário e 19,4 no acesso ao ensino superior, é estudante de medicina, membro da tuna da universidade, frequenta curso de piano, estuda canto, pratica natação, sai com os amigos, gosta de ir ao cinema, não passa um dia sem Internet...no Público, a 9dez, dia em que deu gosto ler as notícias.

"gosto de aprender e pouco de marrar"
Ana Catarina Gomes,

Competição fiscal na UE

Vital Moreira, um "estatista" na Causa Nossa:
"A independência fiscal pressupõe espaços económicos autónomos. Porém, num mercado integrado, como o da UE, sem fronteiras internas e com inteira liberdade de circulação de factores de produção ("mercado interno" ou "mercado único"), torna-se nececessário um mínimo de harmonização fiscal, especialmente no que respeita ao imposto sobre as empresas, sob pena de uma competição sem fim pela diminuição da carga fiscal, que só pode favorecer o "dumping" fiscal e social."
Eu, não podia estar mais de acordo com António Costa Amaral, em A Arte da Fuga:
"A harmonização fiscal retira às administrações os incentivos para serem eficientes. A impostos constantes, a máquina do Estado tende a esgotar os recursos até ser necessário adquirir mais recursos por via fiscal, conferindo mais poder económico ao poder político. É por isso que os estatistas tanto defendem impostos iguais para todos os países. "

eu não queria, mas

aos 88m, Lucho de seu nome

domingo, dezembro 10, 2006

merece visita mais regular

Apesar de uma mente desportiva pouco desperta, apresenta vocação para a arte...!
E, quem percebe que o "Calvin não é um aluno vulgar, é sobre-dotado" merece visita.

Infelizmente cada vez mais actual


Agradecendo a simpatia a Jorge Assunção, do Despertar da Mente, aqui fica o link para a versão simplificada em banda desenhado do The Road to Serfdom, the Friedrich Hayek que pode ser encontrado na página do Ludwig von Mises Institute. .

Tudo indica que os tempos actuais, e os próximos, tornarão muito útil uma visita regular a esta banda desenhada.

urge alterar este "estado da nação"

Não partilho da visão apocalíptica, como se do fim da história se tratasse, de Pedro Arroja, no Blasfémias:- "não gostam uns dos outros";- "uma certa cobardia";- "o espírito público";- "o vício que o despotismo produz, mas partilho do essencial dos seus comentários. "Populações que viveram durante longos séculos sob regimes autoritários e frequentemente despóticos tendem a desenvolver" determinados traços de carácter, e tal é visível muitas vezes em Portugal.

Como bem dizia Churchill (não exactamente assim): "Sou optimista, porque não vejo grande ganho em ser outra coisa qualquer", e acredito que a Nação irá encontrando as soluções para os problemas, mas porque "caminhamos para a servidão" a passos largos, urge alterar este "estado da nação", antes que seja tarde demais, e as consequências irreversíveis.

sábado, dezembro 09, 2006

hoje, a citação

"Um cavalo nunca corre tão depressa como quando tem outros
cavalos para perseguir." Ovídio

sexta-feira, dezembro 08, 2006

passo a passo o caminho da servidão vai sendo trilhado

Infelizmente a maior parte das pessoas nem vai perceber o que está em causa, mas vai valendo que ainda há Directores como o do PÚBLICO (meus sublinhados a bold):
"José Manuel Fernandes garante que "não acatará a recomendação da ERC de que deve deixar de publicar – ou seja, que deve passar a censurar – textos que possa vir a considerar inconvenientes". "O director do PÚBLICO não censura textos, muito menos de opinião, mesmo que discorde deles da primeira à última linha", insiste. Sustentando que a autoridade "não tem competência para analisar questões éticas ou deontológicas", José Manuel Fernandes sublinha que a deliberação hoje conhecida "reforça a ideia de que a ERC está a exorbitar nas suas competências". "Caso estas sejam alargadas com a aprovação das leis em discussão sobre a concentração dos media e o novo regime de actuação das televisões, podemos estarmos perante o mais grave cenário de ataque à liberdade de imprensa em Portugal desde a consolidação da nossa democracia", alerta".

terça-feira, dezembro 05, 2006

até que enfim!

Parece que está oficialmente aberta a Época Natalícia...

estava eu a falar do Ministério da Educação

De muita qualidade, a entrevista de Joaquim Azevedo ao Público / RR / RTP2, no "Diga lá Excelência":

"Pensa-se que tudo se resolve por leis. Por exemplo: existe um problema de disciplina nas escolas? Faz-se um decreto lei, o problema fica resolvido…”“(Ministério da Educação acabou) de legislar, em Outubro, sobre os cacifos das escolas”. via Tonibler

comentários para quê!!!


Um desafio à Blogosfera Liberal III

Apesar da tentação -talvez normal para quem diáriamente dá umas voltas pela blogosfera- fui resistindo à tentação para escrever num blog. Sabia não ter tempo (nem arte?) para grandes disputas, como aquela com que os camaradas do Tonibler me querem brindar. Temia, e confirma-se, não ter tempo para, na qualidade possível, dar resposta capaz aos desafios que isto implica. Mas, como cada um se mete no que se mete e eu sempre fui responsável pelos meus actos, vou iniciar, no que à Educação diz respeito, o caminho “Da proposta para a melhoria da Educação (o “Da” dá mesmo pinta às ideias…).
Extinguir o “Ministério da Educação”, deixar de alimentar os sindicatos que o mesmo “sustenta” e assim acabar com parte deste pesadelo de “Estado que tudo planeia e tudo controla” é mais do que uma sugestão, um acto de cidadania. Já o disse, no texto “Educação, essa Paixão!” (para o qual faria link não fosse (ainda) muito básico no domínio das técnicas “bloguisticas”).
Educação, pelo lado da procura, é fácil. Basta dar liberdade aos pais para escolherem a escola dos seus filhos, pública ou privada, por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Depende de vontade política. Faltando esta, como falta, resta fazer pressão permenente sobre os decisores políticos até que estes se sintam “obrigados” a tomar a decisão.
Educação, pelo lado da oferta, é mais complexo. Se definir o que é correcto talvez não seja tão difícil assim, fazê-lo é quase impossível. Representa mexer com todos os interesses instalados que ao longo dos anos se foram “alimentando” da “educação” em Portugal. Aqui vão algumas ideias iniciais, que daqui a pouco tenho que (recomeçar) a trabalhar. Cá voltarei mais tarde:

Para começar, dar às comunidades a gestão das suas escolas. Não acredito no argumento de que elas não o querem. Bastaria que fosse dada liberdade aos pais para escolherem a escola dos seus filhos e um cheque ensino para “comprarem” a melhor educação, na melhor escola, e não faltariam interessados. Ou seja, crie-se um mercado livre e certamente aparecem boas propostas, com bons projectos educativos.

Permita-se, pela decisão de cada comunidade escolar, a escolha do conselho executivo, e que este possa tomar as decisões adequadas à sua comunidade sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento. Permita-se que esse orçamento, após aprovação, seja implementado com autonomia, pela equipa dirigente e docente, e não tenho qualquer dúvida que a escola melhora.

Substitua-se o inenarrável “Ministério da Educação” por um Gabinete de apoio à escola, com poucas mas úteis responsabilidades, que funcione como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.

Permita-se que esse gabinete, junto com universidades e outras instituições competentes, faça a avaliação, e em consequência dessa avaliação, disponibilize recursos humanos e materiais para o apoio às escolas com maiores dificuldades e que, junto com a avaliação pelo Estado, também o mercado faça as suas própias avaliações. Seguramente este processo terá consequências, a melhoria das escolas e do ensino em Portugal.

Mas, deve o Estado sair completamente do sistema?. Eu (mas isto sou eu!) acho que não, e como contribuinte estou disponível a pagar para que, nas àreas onde o mercado não se interesse pela gestão de projectos escolares, o Estado o faça. Para que todos tenham acesso a uma melhor escola para os seus filhos.

Certamente tem muitas falhas esta proposta, e desde já uma importante, à qual um dia voltarei, logo que o tempo o permita: Como é que se passa deste modelo estatista/centralista para um modelo descentralizado e focado no mercado?

domingo, dezembro 03, 2006

5 a 7 minutos de lusco fusco

O empreendedor português!

Um desafio à Blogosfera Liberal II

O Camarada Tonibler, respondendo ao meu desafio, o que desde já agradeço, afirma sobre "que estado é o estado mínimo” que é
“o estado necessário para que cada um escolha o que é importante para si, numa nação que garanta as condições para tal.”
Concordo e “tá bonito!” (fica-lhe bem dar títulos assim, "Do....").
Este meu desafio foi (quase) ignorado pelos poucos (mas bons) blogs liberais (uns mais do que outros) que incomodei, “postando” nas caixas de comentários. Com pena minha, mas como já dizia o outro “é a vida!”.
O meu objectivo visava trazer para a “causa” alguns apoios de gente que pensa e escreve estes assuntos melhor do que eu (sem ironia), porque creio que esta é uma questão crítica a responder, para que as pessoas considerem a liberalização da sociedade uma alternativa válida ao “estatismo” reinante.
Estou convicto que quando os liberais afirmam que “algo está mal e a solução é o liberalismo”, a maioria das pessoas não compreende ou não aceita como credível a proposta. Se por exemplo digo (e acredito!) que o Ministério da Educação devia ser extinto, mas não consigo explicar como, nem qual será a nova realidade, a proposta será por muitos vista como um acto de irresponsabilidade e provavelmente gera receio (pelo desmoronar de um sistema que apesar de horrível vai funcionando). Os portugueses, dizem alguns estudos, preferem o conhecido (mesmo que mau) ao desconhecido (mesmo que potencialmente bom). Não sei se é verdade, mas que dizem, dizem...
De qualquer forma, por pequeno que seja, tentarei dar o meu contributo ao debate em "posts" posteriores.

Desculpem lá

mas agora qualquer conclusão sobre a vida implica o Governo “tomar medidas”

"Hoje, na Universidade do Minho, responsáveis governamentais marcarão presença na apresentação do estudo "A Condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio"
e
deverão anunciar medidas"

Um desafio à Blogosfera Liberal

Todos nós, uns mais liberais que outros, consideramos que o Estado está sobremaneira presente na nossa vida. Que chamou a si demasiadas funções. E se algumas até gostaríamos de lhe ter delegado (se tivessemos sido chamados a tal) outras nem em pesadelos o teríamos feito...

Assim sendo, a minha proposta é de que, com seriedade, todos os blogs que consideram dever o Estado reduzir o seu peso na economia e na sociedade, passem a explicar:
- que organismos, funções, responsabilidades, etc, deve o estado deixar, libertando a sociedade e a economia do seu peso, devolvendo aos cidadãos, às empresas e a múltiplas outras formas de organização privada, a solução.

possíveis exemplos, em "mil outros":
- Ministério da Educação? alternativa?
- Ministério da Economia? alternativa?
- Ministério da Cultura? alternativa?
- ICEP? alternativa?
- ...

sábado, dezembro 02, 2006

Quem pára este dragão?


Isso não sei, mas que a luta pelo segundo está ao rubro, isso está!
Cuidado com o Braga, em crescendo desde que o "bicho" lá chegou.

FC Porto:31 pontos; Sporting: 26; Benfica:22 (-1 jogo); Sp. Braga
: 20 (-1 jogo)

Free To Choose, por Milton Freedman


Vale a pena ouvir Free To Choose
por Milton Freedman.

Pena muitos não ouvirem e poucos compreenderem.

Obrigado ao Insurgente.

quinta-feira, novembro 30, 2006

já não chegam as ideias dos Secretários de Estado...

quando alguns jornalistas emitem opinião...a coisa normalmente corre mal...

"Era, por isso, bom que, juntamente com o novo Estatuto da Carreira Docente, o Governo pudesse aprovar um estatuto da carreira de pais",

Manuel Carvalho, hoje, Editorial do Público

quarta-feira, novembro 29, 2006

"Pensei que havia uma saída"

"o homem disse que, de facto, tinha notado uns barulhos "estranhos"...O casal reside na pequena freguesia do Marmeleiro, na Guarda, e deslocou-se ao Porto para ver uns amigos".

"Segundo adiantou, no local, fonte da Metro, foi a quinta vez que se deu uma infracção do género."

...tá bonito, tá!!!

para ganhar dinheiro

“As SCR são para investir em empresas e ganhar dinheiro, não para salvar o país”
Mário Pinto, Presidente da APCRI, hoje na CMVM

simples...porque a vida até que é simples...

Se soubesse explicava isto

...mas o melhor é ver o que o Maradona diz

segunda-feira, novembro 27, 2006

Estas sim, boas notícias

JN, hoje: "As doenças do envelhecimento vão ser uma prioridade do novo instituto de investigação na área da Saúde que vai nascer no Porto da associação de três dos mais prestigiados centros de ciência do país. A ideia é juntar a experiência do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) em doenças oncológicas, os conhecimentos do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) em patologias neurodegenerativas e genéticas e os avanços conseguidos pelo Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) em regeneração de tecidos.

Certo, para já, é que o modelo escolhido "deverá ser suficientemente aberto para estimular a adesão de outras instituições portuguesas e estrangeiras de investigação em biomedicina e saúde pública", sublinha Sobrinho. " Os três institutos gostariam de ser o núcleo aglutinador de um conjunto de instituições, tanto de investigação, inovação e de serviços, como ainda, na interface com a indústria farmacêutica".
(ver mais)
Que os sonhos desta (boa) gente se concretizem, é só o que desejo...

Parabéns ao Fogareiro

Não fosse a a blogosfera um espaço de liberdade e criatividade!
Só é pena não ser taxista no Porto, mas...parabéns pelo blog que visito faz tempo e que descobri não sei como...

No Público, apesar de tudo, o melhor jornal português

- Hoje, na capa do Público, “Hotéis portugueses começam a assumir opção de não aceitar crianças” e depois lá dentro, apesar do esforço da jornalista em fazer deste não assunto uma reportagem, o título é claramente desmentido. Até o Público, jornal de que gosto especialmente, tem destes dias…só peço que não apareça um zeloso Secretário de Estado pronto a cozinhar uma nova Lei para obrigar todos os hotéis a aceitar as crianças.

- António Barreto, brilhante como (quase) sempre, a mostrar o “retrato exacto e quantificado daquele que é talvez o maior desastre de todas as políticas públicas portuguesas”…o malfadado “sistema de ensino”, “política de educação” ou lá o que é.

- "Oi cara, quem é o figurão?" - ou como em Portugal não se quer “ver” que o Brasil é uma potência mundial, e Portugal apenas (o que não teria nada de mal, não fossem os ares de grandeza) um pequeno país, e como tal irrelevante para o Brasil.

- Brilhante, como (também quase) sempre, Vasco Pulido Valente fala do “Portugal à chuva”, cujo “caos que as chuvas provocaram, de um lado, e o CCB e a Expo, do outro, representam exactamente o país”…

E para terminar, a reportagem de ontem na revista “Fugas” sobre a Coreia do Norte é um hino aos “amanhãs que cantam”. Agora compreendo porque é que o outro “não tinha a certeza de a Coreia do Norte não ser uma Democracia”. Andava o rapaz enganado, porque só pode ser...uma Democracia!!!

A realidade, quando bem trabalhada, ultrapassa em muito a melhor ficção…

mais uma Ordem! ...quem paga, quem é?

A principal diferença que encontramos nesta “Ordem dos Notários de Portugal” (via Abrupto), não é o facto de ser mais uma corporação protegida pelas “asas grandes do Estado” (ler “impostos dos contribuintes”) mas de só agora ter que “lutar pela manutenção dos privilégios habituais”. Como tal, está a descobrir a beleza do marketing.
Este anúncio, mais do que um insulto aos bons notários, que isso é problema deles e da “Ordem”que os representa, constitui um insulto a todos nós e principalmente aos que morreram por causa daqueles dois senhores da esquerda na foto. Sem palavras.

Perante tamanha enormidade, até passa como mera parvoíce o comentário final, de que “os notários, apesar de integrados agora no regime de profissão liberal, têm os preços da sua intervenção tabelados.” Vou traduzir em português: nós -notários-
é que somos «bons liberais, pois ganhamos “à privado” mas com protecção do Estado”. Deve ser a isto que em Portugal se quer chamar Flexisegurança.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Telemóveis na vida dos pescadores

Na revista Pública de ontem, um excelente artigo! Na cada vez mais "capitalista" Índia, actor importante deste "mundo global", o desenvolvimento tecnológico melhora a vida das pessoas.

Na Índia, os pescadores "estavam à mercê dos negociantes; aceitavam o preço que lhes quisessem pagar. Se os barcos se avariavam, ficavam ali à deriva, à espera que alguém passasse. O telemóvel revolucionou a vida dos pescadores indianos"...explica Rajan, "estimando que os seus rendimentos triplicaram, passando para cerca de 150 euros por mês"..."conseguiu uma casa com electricidade e televisão".

Quando se grita contra a globalização, a sociedade capitalista, o lucro, etc, era bom lembrar que para alguns esse é o caminho da dignidade.

domingo, novembro 19, 2006

sábado, novembro 18, 2006

à procura de educação de excelência no estrangeiro...pois!

"Aqui em Deli, quase todos os meses, há grandes sessões de apresentação de universidades estrangeiras, procurando cativar o saber e o capital dos jovens indianos à procura de educação de excelência no estrangeiro, sendo que o sistema educacional indiano está a abarrotar. Por exemplo, mais de 200 000 jovens candidatam-se anualmente ao Indian Institute of Managment de Bangalore. Apenas 250 são aceites. Por outro lado buscam, obviamente, qualidade de ensino e perspectivas de emprego melhores do que na Índia.

Não, há um povo resistente. Entre as mais de vinte estruturas (ministérios, departamentos, institutos e comissões) nacionais representadas há de tudo, da Alemanha e França à Lituânia, Letónia e Polónia. O nosso Portugal marca a sua presença pela... ausência." in "a vida em deli"

Contra o “Lucro”: intervir, intervir! (II) - como prometido

Hoje na Universidade de Aveiro, no IV Encontro Nacional de Estudantes de Gestão Industrial, o Eng. Manuel Ferreira de Oliveira, Administrador da Galp Energia (e futuro Presidente!) deu uma excelente “aula” sobre a Responsabilidade Social das Empresas, que vou resumir:

Primeiro, e mais nobre, acto de Responsabilidade Social das Empresas é ganhar dinheiro = LUCRO.

E deu um elucidativo exemplo:

Numa empresa, o EBITDA = 100 unidades (lucros antes de juros, impostos, provisões e amortizações, também chamado de “os lucros antes de descontadas as más noticias). Para simplificar:

Resultados Operacionais” = 100
100
- 10 para pagar juros às instituições financeiras
= 90
- 27 (30%) para pagar ao “maior accionista” da empresa, o Estado, via impostos
= 63
- 27 distribuídos aos seus diversos accionistas (nota 1)
= 36, que ficam na empresa para serem reinvestidos, e gerarem novos ciclos de crescimento futuro

nota 1: empresa pode distribuir 95% dos resultados (5% são por lei para reservas) mas só uma empresa irracional é que o faz, pois comprometia o seu futuro.

nota 2 : empresa que dá prejuízo destrói valor, parasita nos seus fornecedores, colaboradores ou instituições de crédito (dependendo de quem a está a financiar) ou do estado (dos contribuintes) se receber subsídios; logo é uma empresa Irresponsável Socialmente.

Segundo, e último, acto de Responsabilidade Social das Empresas é criar Emprego.

Mas, só cria emprego empresa que cresce, e só cresce empresa com lucros; por vezes para ter lucros é necessário destruir emprego, para poder crescer e criar mais e melhor (mais qualificado/melhor pago) emprego no futuro; trabalhador que custe à empresa mais do que produz, está a retirar valor à empresa e a tirar possibilidades de trabalho a quem o merece.

Se a empresa, sem que tal seja sua responsabilidade, decide fazer outros actos – mecenato ou outra qualquer actividade de apoio financeiro ou em serviços a indivíduos, instituições, à comunidade, etc- é porque decide pagar um “imposto incremental voluntário”; nota: se o fizer, aconselha que o faça de forma “concentrada” em actividades que gerem maior retorno “intangível” à empresa, à comunidade e à sociedade.

Relembrou também que de 100 que um trabalhador recebe, a empresa paga 123 (23% para Seg. Social) e o trabalhador vai ainda pagar S. Social, IRS pelo rendimento e uma panóplia de outros Impostos ao Estado, com o IVA à cabeça sempre que consome.

Concluindo, sem empresas com lucro, não há emprego, não há impostos, não há investidores, não há sociedade.

E digo eu, quem alegremente combate o lucro, combate a sociedade e combate a vida.


Nota Final: dois conselhos que deixou aos alunos, entre vários:

- quando saírem daqui, agradeçam a todas as pessoas simples que trabalham e pagam impostos, pois são também elas que estão a pagar os vossos estudos, e a única forma de o fazerem é estudando e contribuindo para a sociedade como futuros bons empresários e trabalhadores.

- ensinem sempre aos outros o que sabem e “façam-se” bons e dispensáveis, pois só assim serão promovidos, na vossa carreira nas empresas; quem é “indispensável” nunca pode ser promovido; quem preparou a sua saída (ensinando os outros) e é bom, é promovido. porque a empresa não o quer perder.

Que bom ter dito isto aos Estudantes, e a responsáveis da Universidade.
Que pena só o ter dito dentro da Universidade.

sexta-feira, novembro 17, 2006

vale a pena assistir a esta “aula”

Nas minhas andanças faz alguns anos pelos “blogs” tenho aprendido muito, porque acedo a informação que complementa a obtida nos “media tradicionais”, e que muitas vezes é mais diversa, independente e credível, e também porque “conheço” pessoas cuja capacidade e conhecimento é enorme. Pessoas que de outra forma, provavelmente, não "conheceria". Rui Albuquerque, do Blasfémias, é uma dessas pessoas, cujas reflexões (lições muitas vezes!), mesmo quando não concordo com elas, gosto de ler com atenção.

Hoje, com a devida vénia (e abstraindo da questão particular em discussão) vale a pena assistir a esta “
aula”.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Lá vou eu comprar mais uma Fundação

Esta sempre é na linda cidade de Guimarães!

Através da Fundação, disse, "pela primeira vez, o Estado passará a assumir um papel no financiamento da SMS, que dará estabilidade à instituição"..."sem a SMS, o panorama cultural de Guimarães seria hoje completamente diferente e muito mais pobre"...Mesmo assim, "não estou certo de que os vimaranenses tenham uma ideia muito clara do que seja a SMS", sublinhou Amaro das Neves.

É no que dá a gente pagar as autoestradas, a Senhora no mesmo dia vai ao Porto e dá um salto a Guimarães.

E tem toda a razão o camarada...

E tem toda a razão o camarada Tonibler ao contribuir assim no Blasfémias, informação de João Miranda.

Anda o pessoal a trabalhar afincadamente para destruir (*) a capacidade de ensinar e de aprender e vinham agora os papás com ideias de “Liberdade (até me arrepiei) de ensino”. Isto só lá vai mesmo com um camarada “tipo Fidel”, na senda do ensino uno e bom, como o cubano.

Então se “tivemos todos (!!!???) a mesma oportunidade de dizer o que gostamos que se ensine”, foi para ensinar (formatar) as criancinhas todas por igual...não foi para que as criancinhas aprendam a pensar pela sua cabecinha.

É assim mesmo camarada, em frente, que o caminho para os “amanhãs que cantam” é longo e tortuoso. Mas não perca a esperança que tudo indica que é possível...

(*) Vale seguir a sugestão de Helena Matos, no Blasfémias, e ler Vasco Graça Moura no DN sobre a TLEBS.

Diz o Sr. Director que o Sr. Secretário de Estado disse

Diz o Sr. Director do JN que ...”A Segurança Social recuperou quase 20 milhões de euros em Setembro e Outubro, em resultado da notificação de empresas com declarações de remunerações em falta e da penhora de contas bancárias, disse ontem o Secretário de Estado da Segurança Social.”…disse o Sr. Director o que o Sr. Secretário de Estado da Segurança Social tinha dito...

E se tal não bastasse, disse ainda o Sr. Director que “Ora aqui está um bom exemplo da mentalidade portuguesa. Pelos vistos, bastavam uma simples notificação e umas penhoras, que não tinham ainda sido feitas. Façam o favor de notificar mais. Do lado dos devedores, o caso também é paradigmático à primeira, ninguém paga; com notificação, correm para a boca do cofre. É este problema de cultura que é preciso mudar… Simultaneamente, porém, caíam bem umas aulas de educação cívica nas escolas para que os mais novos não fossem educados a repetir os erros dos mais velhos” (já cá faltava a Educação).

Não Sr. Director, não é este o problema de cultura que temos que mudar (já agora, se não se importa, temos que mudar como? Com as aulas de educação cívica !?). Neste caso, o problema é que a Segurança Social parece não cumprir bem as suas funções. O que temos mudar è a incompetência dos serviços do Estado. O que temos que mudar é o excesso de Estado, e o Estado cumprir o que são as suas funções – para começar ajudava a justiça funcionar- e os Srs. Secretários de Estado falarem menos e trabalharem mais.
Isso, Sr. Director, é o que é necessário mudar.
Em relação à Cultura, deixe estar que a Sra. Ministra já está a tratar.

Ministra diz que câmaras devem financiar a Cultura

São momentos destes que fazem fraquejar as nossas convicções liberais.

Educação, essa Paixão!

A “Educação” é hoje, por (quase) todos, apresentada como fundamental para o crescimento pessoal e profissional dos indivíduos e desenvolvimento das sociedades. Assim sendo, governos sucessivos nela quiseram deixar a sua marca, milhares de pessoas dela vivem, professores, gestores e pessoal não docente das escolas, sindicalistas e funcionários desse maravilhoso “monstro” que tudo destrói, o (maldosamente) designado “Ministério da Educação”. São hoje tantos a definir estratégias, múltiplos planos de acção e milhares de medidas salvadoras, que já esqueceram que a escola é antes de mais um local onde se “ensina e aprende”, de preferência ensinam os professores e aprendem os alunos, em nome dos quais zelosos “trabalhadores” inventam novas formas de destruir o que ainda possa ser destruído. Fazem-no por maldade? Alguns sim, mas na generalidade não, apenas por voluntarismo e ignorância, ingredientes explosivos quando misturados num “Estado que tudo planeia e tudo controla”. Seres bem intencionados e munidos dos melhores estudos procuram incessantemente aquele “Plano”, o que irá retirar as nossas crianças e jovens da idade das trevas e transformá-los nas gerações do conhecimento e da inovação, lideres de um Portugal competitivo e de sucesso. Infelizmente este maravilhoso “Plano” não aparece, nem nunca aparecerá, e só não nos arruína enquanto nação porque esta é constituída pelo somatório dos seus indíviduos e estes, mesmo contra a loucura colectiva, vão encontrando formas de resolver os seus problemas.

Sempre que um ano escolar se inicia e assistimos, impotentes, ao miserável espectáculo das (re)colocações de professores, com total desprezo pelas suas vidas e dos seus alunos, dos horários que apenas se “fazem” dias antes do inicio das aulas, do já esperado “dia de luto nacional de professores e educadores (!?)” liderado pelos já habituais sindicatos que, todos os anos, lutam contra “este Ministro da Educação”, sempre o maior responsável (seja qual for!) por todos os males da dita, e de outras misérias a que já nos habituamos, numa estranha lotaria a que gostariamos de escapar. Entretanto alguns, cujas posses e descrença já não os faz perder mais tempo, pagam em duplicado a escola dos seus filhos inscrevendo-os no sector privado.

As pessoas, que sabem que a educação dos seus filhos é decisiva para o seu futuro seja porque os imaginam médicos, gestores de sucesso, presidentes de empresas ou mesmo da República, ou “apenas” melhores cidadãos, fazem inimagináveis sacrifícios para lhes proporcionar a “melhor educação” que as suas possibilidades permitem. Pessoas cuja soma não é mais do que o todo que somos nós, o Povo em nome do qual se “pensam” as melhores soluções e se executam as piores. Caso lhes fosse dado o direito (que deveria ser constitucional!) de escolher a escola dos seus filhos, pública ou privada, fariam certamente melhores escolhas. Por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Também os conselhos executivos das escolas deveriam ser responsáveis, se tal lhes fosse permitido, por tomar as decisões adequadas à sua comunidade escolar sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento, que após aprovação seriam implementados com autonomia pela equipa docente e não docente que mais garantias de boa execução desse. E se este projecto educativo fosse monitorizado e avaliado pelos interessados –a comunidade a que se dirige- não tenhamos dúvidas que tal levaria à melhoria de cada uma das escolas e do sistema de ensino em Portugal.

E então o que fazer ao Ministério da Educação, seus milhares de zelosos funcionários e dedicados sindicalistas que, juntos, “lutam incansavelmente pela melhoria da educação”? Antes de mais, e de imediato, acabar com ele. Depois, constituir uma nova unidade de apoio às escolas, que tivesse poucas mas importantes responsabilidades, que funcionasse como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.

Isto é fazível? É. Acontecerá? Quase de certeza que não. Porquê? Porque o ser humano, capaz dos maiores feitos, em alguns países e em determinadas fases da sua história tem capacidades de autodestruição que não foram ainda convenientemente explicadas, e que em Portugal ameaçam atingir níveis de “excelência”.
É triste? É! Mas é a realidade.
Texto publicado no Litoral Magazine de Setembro 2006

Coisas de Gajos

Se o gajo, que é gajo o diz!

terça-feira, novembro 14, 2006

Liberdade de escolha para todos

LA no O Insurgente coloca as pertinentes questões:
  • Porque é que todos os professores não são contratados individualmente por cada escola?
  • Porque é que os critérios de escolha em todas as escolas têm de ser iguais e decididos centralmente?
  • Porque é que as famílias não podem escolher qual a escola que querem para os seus educandos?
  • Porque é que as famílias não podem optar por diferentes currículos?
  • Que interesses são protegidos ao continuar-se a defender um modelo de gestão do sistema educativo que tem produzido os resultados que se conhecem? (Caro LA, esta nem fica bem perguntar, dada a evidência da resposta!!!)

Para se perceber o porquê, e assim responder às questões levantadas, nada como entrar na caixa de comentários e ruycaldas explica: Perante a questão:"Porque é que as famílias não podem optar por diferentes currículos?" a brilhante Resposta é: "Não entendo a questão."...está tudo dito!

«Porto, um deserto cultural»

Vale a pena ler a lista de eventos que o Gabriel descobriu na cidade do Porto.

Claro que a lista deve ser falsa, pois todos sabem que no Porto nada acontece em termos culturais. Ou não não se trata de manifestações culturais.

E logo numa terça feira. Isso é que era bom!!!

The Great Utopia

"What has always made the state a hell on earth has been precisely that man has tried to make it his heaven, F. Hõlderlin", The Road to Serfdom, de F. A. Hayek

TLEBS - a última aberração ...até à próxima

Obrigatório ler Helena Matos no Blasfémias sobre esta aberração do TLEBS.

Malditas almas estas, que dia a dia, ano após ano, trabalham no Ministério da Educação e nos Sindicatos de Professores e afins para destruir a capacidade de ensino pelos professores e de aprendizagem pelos alunos.

O que é que aconteceria a Portugal?

Se um dia um Governo no seu primeiro mandato de 4 anos apenas fizesse:

Ano 1: autonomia às escolas, cheque de ensino e liberdade de escolha para pais…fim do Ministério da Educação e...redução de impostos pelo valor das poupanças obtidas;
Ano 2: taxa única para todos os impostos de 20%; liberalização do mercado de trabalho, fim do IEFP, IAPMEI, ICEP e API… fim do Ministério da Economia e...redução de impostos ...;
Ano 3: fim dos subsídios à Cultura…fim do Ministério da Cultura e...redução de impostos ...;
Ano 4: ano de eleições;...reduzia impostos!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Não se importa de repetir !!!

"Sem ruptura total com o neoliberalismo, o problema principal continua por resolver",
afirma em entrevista de Domingo ao Público Blanco Cabrera, Mexicano, e um dos dirigentes comunistas que passaram por Lisboa para participar no encontro internacional comunista.

De tanto repetida, e por muita gente dita "não-comunista", esta mentira vai fazendo o seu caminho na sociedade actual.

domingo, novembro 12, 2006

Nacionalize-se!

Já não chega estes capitalistas da Ryanair explorarem o nosso aeroporto do Porto e ainda fazem destas:

Porto – Marselha – ida 6ªF, às 20h30, e regresso Domingo, às 20h00:
- péssimo horário: permite passar fim-de-semana em Marselha, sem pelo menos estragar um dia de trabalho;
- sai à hora e chega 30 minutos antes do previsto;
- hospedeiras simpáticas;
- serviço eficiente;
- tudo isto, por um preço vergonhoso de 250 euros (…para 4 pessoas!)

Devia ser proibido existir uma companhia que, não foi criada com o dinheiro dos contribuintes, dá lucros descomunais e faz serviço público às nossas custas...

Sou capaz de, um destes dias, fazer Porto-Lisboa na TAP só para chatear.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Caminante

Caminante, son tus huellas el camino y nada más; Caminante, no hay camino, se hace camino al andar. Al andar se hace el camino, y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. Caminante no hay camino sino estelas en la mar.
Antonio Machado

Do tempo em que se trabalhava

Porto, cujo lema é Labor Honor: de tempos em que não havia horário de trabalho:
“mas trabalhar assim no duro não o impediu de singrar na vida e fazer fortuna. E como naqueles tempos não eram conhecidas angústias, traumatismos psicológicos e stress de trabalho, tornou-se um vencedor”.

Gente empreendedora, como o «Barbas ao Domingo», que

“construiu na margem uma vivenda T vários zeros para morar. Nela instalou um negócio com mais sentido de oportunidade do que muitos comerciantes de agora, que se queixam da crise do século XXI, mas mantêm mentalidade e hábitos do século XIX. Sabendo que os barbeiros fechavam ao domingo, entrou em concorrência com eles adoptando o sugestivo nome de «Barbas ao Domingo». Assim, alojou a família e arranjou trabalho que os outros recusavam por ser dia santificado.”
HELDER PACHECO - “PORTO: O Sentimento da História”

quais eleições na América...vamos mas é tratar do bigode!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Amanhã isto melhora

Hoje, numa das minhas intermináveis viagens de carro, ouvi uma diligente sindicalista explicar que os direitos dos trabalhadores à greve não estavam a ser respeitados e por isso a coisa tinha corrido mal. Até, pasmei, parece que tinham sido requisitado os serviços minimos, facto que revoltou a senhora.

Mas, acreditava -a senhora- que a situação voltaria a melhorar, dada a maior adesão que estimava para amanhã. O INEM, para quem não esteja a ver, é aquela organização que salva vidas...

Já desconfiava

Agora tenho a certeza: a Boa América ganhou!
Obrigado Miss Pearls.

Contra o “Lucro”: intervir, intervir!

o governo escolheu desta vez como alvo os bancos, essas entidades misteriosas
que ganham dinheiro num país em que quase ninguém ganha

Em Portugal o Lucro é demonizado porque nele é concentrado todo o ódio aos ricos, os “capitalistas exploradores”. Engraçado, ou talvez não, é mais respeitado o que herdou uma fortuna do que aquele que trabalhou para a conseguir. Talvez porque o primeiro não coloca a nú a incompetência de muitos que nem tentam, porque ao primeiro calhou a sorte (ter um pai rico…ou ser cliente BES) e ou outro o mérito do seu trabalho.

Sempre que alguém enriquece, ou parece enriquecer, logo surge um justiceiro com vontade de corrigir essa “falha de mercado” a favor dos “desprotegidos”. Nesta saga, o determinado justiceiro julga aceder ao Olimpo. E assim nascem maravilhosas leis, umas atrás das outras, sempre a bem do povo, ao sabor das “falhas de mercado” do momento e da genialidade de quem as “pensa”.

A ideia de definir uma taxa única de imposto, acabar com duplas tributações, com impostos sobre impostos, com subsidios escandalosos, de acabar com todas as excepções e “protecções”, libertando dinheiro dos impostos para quem o ganhou, é algo que infelizmente ainda não passa pela cabeça de tão grandes pensadores.

Falta-me o tempo, mas voltarei à questão do “Lucro maldito” com uma história e algumas contas.

domingo, novembro 05, 2006

É uma discussão que não tem solução...

"É uma discussão que não tem solução fundada na ciência, porque a noção de pessoa não é uma noção científica ou biológica. É jurídica, moral, por vezes, religiosa." Resposta do Biofísico Henri Atlan quando questionado sobre a questão de "quando começa a vida", hoje na revista Pública.

O Nanny State

Brilhante artigo de António Costa Amaral na revista Dia D da edição impressa do Público, da passada 6ªF. Aguardamos texto no A Arte da Fuga.

Trabalho!


Já que pagamos os sindicalistas, será que não os podíamos escolher?

Vasco Pulido Valente

Carlos Vaz Marques entrevista Vasco Pulido Valente na próxima quarta-feira, no Pessoal e Transmissível, da TSF - depois do notíciário das 19h00.

Garante FJV, em A Origem das Espécies, que "a entrevista já foi gravada e é imperdível"...

Já fiz reserva no calendário semanal!

Porto perguntas sem resposta?

Se não soubessemos a resposta a muitas destas perguntas e se valesse a pena perguntar, também eu as faria.

SIM

Sou pelo SIM. O André Azevedo Alves, brilhante Insurgente que leio regularmente, não deveria cair na tentação de anexar numa única afirmação dois assuntos totalmente distintos. A discussão deveria ser entre se SIM ou NÃO à IVG. Também sou contra à subsidiação pelo Estado (excepto se a gravidez colocar em perigo a saúde da mãe, ou se essa gravidez tiver resultado de uma agressão), como sou em relação a quase todos os subsidios na sociedade portuguesa. Infelizmente o SIM vai levar às duas realidades, à IVG que defendo e à sua subsidiação que combato, mas essa è uma triste consequência do estado actual da Nação.
Que as fadas tambem se enganam no caminho até que compreendo
...só não percebo o porquê das asas...

I have a Dream

Um dia o mesmo acontece em todo o país e o resultado da refrega é devolvido aos portugueses, que pagam impostos, para o aplicarem onde melhor lhes aprouver...

sábado, novembro 04, 2006

Cartão de (bom) cidadão

A Inglaterra é um daqueles países onde não há um cartão tipo BI. Tradição liberal diz-se.

Mas a par com as
CCTV, o Governo inglês vai recolhendo e armazenando sistematicamente informação biométrica e de DNA, e pretende criar o tal cartão único de cidadão.

Mais uma vez, havendo vantagens em diversas áreas da existência de uma basae de dados assim (muitos crimes violentos são hoje resolvidos com recurso à análise do DNA), o perigo de má utilização da informação, nomeadamente pelos Governos, é enorme.

Só a título de exemplo, no meu DNA está identificado o meu pai e o meu filho. Sabe-se que doenças tenho e posso vir a ter. No meu cartão de cidadão estará toda a informação "oficial" que existe sobre mim: onde e quando nasci, com quem casei, onde moro e onde morei, onde trabalho, quando fui ao hospital, etc etc.

Qual o risco desta informação chegar às mãos de alguém que não lhe dá o uso apropriado?

CCTV


Esta semana em Inglaterra discutiu-se a vídeo vigilância (CCTV) e as implicações na privacidade (leia-se liberdade) das pessoas. A Inglaterra é o país mais "vídeo vigiado" do Mundo: há mais de 5 milhões de câmaras activas e uma boa parte dos locais públicos de maior movimento são vigiados 24 sobre 24 horas, ficando tudo registado em potentes servidores. Mas é também o país com maior tradição democrática do Mundo e assuntos como este merecem discussão exaustiva nos media.

Sendo unanimemente reconhecido que o CCTV é dissuasor da criminalidade e muito útil na resolução de crimes, há no entanto um risco (para mim, e para muitos outros, de maior amplitude) do acesso indevido aos dados gravados.

Ir na onda do "só quem tem alguma coisa a esconder é que tem que ter receio" é abrir a porta à "opressão consentida". Eu até posso nem ter nada a esconder. Mas tenho direito de o ter e, mais, tenho direito que isso não seja da conta de ninguém. Hoje as câmaras servem para os assaltos. Amanhã servem para quem fumar fora das zonas de fumo. Depois para quem cuspir para o chão. A seguir para quem atravessar fora da passadeira...

Big brother? Não obrigado.

quinta-feira, novembro 02, 2006

nem eu, nem eu...

"Eu nunca percebi para que serve o Ministério da Cultura", Rocha Antunes em "A baixa do Porto"

...caro Francisco, nem eu...

Big Brother

"O «Cartão do Cidadão» é uma realização do Estado extremamente perigosa, como já muitos chamaram a atenção. Apesar disso, o Parlamento aprovou a sua criação por unanimidade....!!!!" No entanto, a CNPD - Comissão Nacional de Protecção de Dados veio, no seu parecer, sintetizar várias das razões que fazem temer o pior:..." (Gabriel, no Blasfémias)

Pois é, unanimidade no Parlamento, nos media, nos (salvo raras e meritórias excepções) comentadores e no povo, que nem percebe que o monstro aumenta o cerco a cada dia que passa ...!!!
Um dia, já tarde, será tarde de mais...