Esta semana em Inglaterra discutiu-se a vídeo vigilância (CCTV) e as implicações na privacidade (leia-se liberdade) das pessoas. A Inglaterra é o país mais "vídeo vigiado" do Mundo: há mais de 5 milhões de câmaras activas e uma boa parte dos locais públicos de maior movimento são vigiados 24 sobre 24 horas, ficando tudo registado em potentes servidores. Mas é também o país com maior tradição democrática do Mundo e assuntos como este merecem discussão exaustiva nos media. Sendo unanimemente reconhecido que o CCTV é dissuasor da criminalidade e muito útil na resolução de crimes, há no entanto um risco (para mim, e para muitos outros, de maior amplitude) do acesso indevido aos dados gravados. Ir na onda do "só quem tem alguma coisa a esconder é que tem que ter receio" é abrir a porta à "opressão consentida". Eu até posso nem ter nada a esconder. Mas tenho direito de o ter e, mais, tenho direito que isso não seja da conta de ninguém. Hoje as câmaras servem para os assaltos. Amanhã servem para quem fumar fora das zonas de fumo. Depois para quem cuspir para o chão. A seguir para quem atravessar fora da passadeira... Big brother? Não obrigado. |
“mais do que o despotismo ou a anarquia, o que importa combater é a apatia”, Alexis de Tocqueville
sábado, novembro 04, 2006
CCTV
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