A “Educação” é hoje, por (quase) todos, apresentada como fundamental para o crescimento pessoal e profissional dos indivíduos e desenvolvimento das sociedades. Assim sendo, governos sucessivos nela quiseram deixar a sua marca, milhares de pessoas dela vivem, professores, gestores e pessoal não docente das escolas, sindicalistas e funcionários desse maravilhoso “monstro” que tudo destrói, o (maldosamente) designado “Ministério da Educação”. São hoje tantos a definir estratégias, múltiplos planos de acção e milhares de medidas salvadoras, que já esqueceram que a escola é antes de mais um local onde se “ensina e aprende”, de preferência ensinam os professores e aprendem os alunos, em nome dos quais zelosos “trabalhadores” inventam novas formas de destruir o que ainda possa ser destruído. Fazem-no por maldade? Alguns sim, mas na generalidade não, apenas por voluntarismo e ignorância, ingredientes explosivos quando misturados num “Estado que tudo planeia e tudo controla”. Seres bem intencionados e munidos dos melhores estudos procuram incessantemente aquele “Plano”, o que irá retirar as nossas crianças e jovens da idade das trevas e transformá-los nas gerações do conhecimento e da inovação, lideres de um Portugal competitivo e de sucesso. Infelizmente este maravilhoso “Plano” não aparece, nem nunca aparecerá, e só não nos arruína enquanto nação porque esta é constituída pelo somatório dos seus indíviduos e estes, mesmo contra a loucura colectiva, vão encontrando formas de resolver os seus problemas.
Sempre que um ano escolar se inicia e assistimos, impotentes, ao miserável espectáculo das (re)colocações de professores, com total desprezo pelas suas vidas e dos seus alunos, dos horários que apenas se “fazem” dias antes do inicio das aulas, do já esperado “dia de luto nacional de professores e educadores (!?)” liderado pelos já habituais sindicatos que, todos os anos, lutam contra “este Ministro da Educação”, sempre o maior responsável (seja qual for!) por todos os males da dita, e de outras misérias a que já nos habituamos, numa estranha lotaria a que gostariamos de escapar. Entretanto alguns, cujas posses e descrença já não os faz perder mais tempo, pagam em duplicado a escola dos seus filhos inscrevendo-os no sector privado.
As pessoas, que sabem que a educação dos seus filhos é decisiva para o seu futuro seja porque os imaginam médicos, gestores de sucesso, presidentes de empresas ou mesmo da República, ou “apenas” melhores cidadãos, fazem inimagináveis sacrifícios para lhes proporcionar a “melhor educação” que as suas possibilidades permitem. Pessoas cuja soma não é mais do que o todo que somos nós, o Povo em nome do qual se “pensam” as melhores soluções e se executam as piores. Caso lhes fosse dado o direito (que deveria ser constitucional!) de escolher a escola dos seus filhos, pública ou privada, fariam certamente melhores escolhas. Por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Também os conselhos executivos das escolas deveriam ser responsáveis, se tal lhes fosse permitido, por tomar as decisões adequadas à sua comunidade escolar sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento, que após aprovação seriam implementados com autonomia pela equipa docente e não docente que mais garantias de boa execução desse. E se este projecto educativo fosse monitorizado e avaliado pelos interessados –a comunidade a que se dirige- não tenhamos dúvidas que tal levaria à melhoria de cada uma das escolas e do sistema de ensino em Portugal.
E então o que fazer ao Ministério da Educação, seus milhares de zelosos funcionários e dedicados sindicalistas que, juntos, “lutam incansavelmente pela melhoria da educação”? Antes de mais, e de imediato, acabar com ele. Depois, constituir uma nova unidade de apoio às escolas, que tivesse poucas mas importantes responsabilidades, que funcionasse como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.
Sempre que um ano escolar se inicia e assistimos, impotentes, ao miserável espectáculo das (re)colocações de professores, com total desprezo pelas suas vidas e dos seus alunos, dos horários que apenas se “fazem” dias antes do inicio das aulas, do já esperado “dia de luto nacional de professores e educadores (!?)” liderado pelos já habituais sindicatos que, todos os anos, lutam contra “este Ministro da Educação”, sempre o maior responsável (seja qual for!) por todos os males da dita, e de outras misérias a que já nos habituamos, numa estranha lotaria a que gostariamos de escapar. Entretanto alguns, cujas posses e descrença já não os faz perder mais tempo, pagam em duplicado a escola dos seus filhos inscrevendo-os no sector privado.
As pessoas, que sabem que a educação dos seus filhos é decisiva para o seu futuro seja porque os imaginam médicos, gestores de sucesso, presidentes de empresas ou mesmo da República, ou “apenas” melhores cidadãos, fazem inimagináveis sacrifícios para lhes proporcionar a “melhor educação” que as suas possibilidades permitem. Pessoas cuja soma não é mais do que o todo que somos nós, o Povo em nome do qual se “pensam” as melhores soluções e se executam as piores. Caso lhes fosse dado o direito (que deveria ser constitucional!) de escolher a escola dos seus filhos, pública ou privada, fariam certamente melhores escolhas. Por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Também os conselhos executivos das escolas deveriam ser responsáveis, se tal lhes fosse permitido, por tomar as decisões adequadas à sua comunidade escolar sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento, que após aprovação seriam implementados com autonomia pela equipa docente e não docente que mais garantias de boa execução desse. E se este projecto educativo fosse monitorizado e avaliado pelos interessados –a comunidade a que se dirige- não tenhamos dúvidas que tal levaria à melhoria de cada uma das escolas e do sistema de ensino em Portugal.
E então o que fazer ao Ministério da Educação, seus milhares de zelosos funcionários e dedicados sindicalistas que, juntos, “lutam incansavelmente pela melhoria da educação”? Antes de mais, e de imediato, acabar com ele. Depois, constituir uma nova unidade de apoio às escolas, que tivesse poucas mas importantes responsabilidades, que funcionasse como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.
Isto é fazível? É. Acontecerá? Quase de certeza que não. Porquê? Porque o ser humano, capaz dos maiores feitos, em alguns países e em determinadas fases da sua história tem capacidades de autodestruição que não foram ainda convenientemente explicadas, e que em Portugal ameaçam atingir níveis de “excelência”.
É triste? É! Mas é a realidade.
Texto publicado no Litoral Magazine de Setembro 2006
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