quinta-feira, julho 30, 2009

SCUT, à sucapa. Assim se cumpre a tradição do bandido

Vale a pena ler estas duas notícias, hoje no JN. Isto é tudo menos um país sério:

1) Pórticos instalados na A25 e A17 poderão servir para cobrar portagens:

A instalação de estruturas metálicas, tipo pórtico, na A25 e A17, está a preocupar as Câmaras de Aveiro e Ílhavo. Fala-se em portagens que vêm aí, mas o gabinete do ministro das Obras Públicas afirma que não há legislação.

As câmaras de Aveiro e de Ílhavo pediram "esclarecimentos" ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sobre a eventual introdução de portagens na A25 (Aveiro-Barra) e A17 (Aveiro-Vagos), apesar de não terem sido informadas sobre essa possibilidade.

Em causa está a instalação de diversos pórticos nos troços daquelas duas auto-estradas, sem que as duas autarquias tenham sido informadas, ao mesmo tempo que nos últimos dias têm circulado na Internet, mensagens de correio electrónico alertando para essa possibilidade.

A concessionária daquelas duas auto-estradas, a Aenor, questionada pelo JN sobre para que servem as estruturas metálicas que já foram montadas e sobre a possibilidade de introdução de portagens na A25, optou pelo silêncio.
"Não compete à Aenor pronunciar-se sobre este tema", foi a resposta que o JN obteve.

Por outro lado, João Morgado Fernandes, do gabinete de imprensa do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, disse ao JN que "a instalação desse tipo de estruturas é da responsabilidade das concessionárias, pelo que só a elas compete pronunciar-se sobre o assunto".

"A cobrança de portagens nas SCUT está dependente de legislação (Portarias) que ainda nem sequer foi publicada", acrescentou o assessor de imprensa do ministro Mário Lino ao JN.

As Câmaras de Aveiro e Ílhavo, presididas por Élio Maia e Ribau Esteves defendem que a circulação naqueles dois troços não deve ser taxada, nomeadamente o troço Aveiro-Barra, na A25, já que não existem alternativas.

Na realidade, sem ser a A25, entre Aveiro e a Barra, a alternativa é atravessar o centro congestionado da Gafanha da Nazaré, uma realidade que já não existe há mais de vinte anos.

Mesmo a alternativa entre Aveiro e Vagos obriga à circulação pela EN 109 e o atravessamento do centro da cidade de Ílhavo, onde antes de existir a A25, no Verão, era com dificuldade que se circulava.

Se no que diz respeito à A25 entre Aveiro e a Barra, o presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves nem sequer admite portagens naquele troço da A25, quanto à A17 só admite o pagamento de taxas de circulação desde que existam alternativas, o que não acontece.

2) Concessionário confirma portagens:

As estruturas metálicas que foram colocadas na A25 e A17 destinam-se à cobrança de portagens. A revelação foi feita pelo presidente da Câmara de Ílhavo com base em informações do concessionário das auto-estradas.

O presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), Ribau Esteves, confirmou, ontem, ter recebido essa informação do concessionário Costa da Prata e lamentou o silêncio do governo sobre a matéria. "O concessionário diz que o governo mandou pôr os pórticos e que os pórticos são para pagar portagens. Depois perguntamos ao governo, e ele não responde (…) ninguém nos diz quando começarão a cobrar nem quanto custará", disse, considerando a falta de respostas "surrealista" e reafirmando que a autarquia é contra a cobrança naquele troço. "Os pórticos não são para as cegonhas fazerem ninhos e até desqualificam a paisagem. Está claro que são para a colocação de portagens, mas ninguém nos dá respostas claras", ironizou, exigindo a sua "retirada" e vincando que o governo assumiu o "compromisso" de dar àquele troço uma "ambiência marcadamente urbana". Ribau acrescenta, ainda, que "naquele troço circulam, diariamente, dezenas de milhares de automobilistas", alguns dos quais têm manifestado as suas preocupações em "e-mails e telefonemas" à CMI. As preocupações estendem-se, igualmente, "à câmara de Aveiro, que subscreve esta posição" e ao "Porto de Aveiro, que está, também, a fazer as suas diligências", garante.

já nasce desgraçado...

bem sei que não se deve copiar, mas esta é muito boa (desgraçadamente para os já nascidos e os a nascer)...

Números, por João Miranda, no Blasfémias:

"...
12.000 euros: Parte da dívida pública que cabe a cada português, incluindo recém nascidos.
-11.800 euros (200 – 12000): Saldo da conta de um recém nascido em Portugal"

SCUT, assunto a acompanhar...

vale a pena acompanhar o desenrolar da trama das SCUT, esperando que não seja mais uma forma ardilosa dos "defensores do povo" o enganarem bem...

JoaoMiranda, no Blasfémias, aviva a nossa memória, com:

O que diz o programa do PS sobre as SCUT?, Diz o seguinte:

c) Quanto às SCUT, deverão permanecer como vias sem portagem enquanto se mantiverem as duas condições que justificaram,em nome da coesão nacional e territorial, a sua implementação: i) localizarem-se em regiões cujos indicadores de desenvolvimento sócio-económico sejam inferiores à média nacional; e (ii) não existirem alternativas de oferta no sistema rodoviário.

Note-se que este foi o critério usado pelo PS nesta legislatura. Note-se que a linguagem utilizada dá a entender que só excepcionalmente é que serão implementadas portagens. Note-se ainda que as portagens nas SCUTs foram prometidas e adiadas várias vezes nesta legislatura.

Note-se finalmente que o que interessa saber é quais as auto-estradas que o PS considera que respeitam ou que se prevê venham a respeitar os critérios estabelecidos.

terça-feira, julho 07, 2009

o Mayor mais cool..

Fala agora o Mayor of Austin, William Wynn, "o Mayor mais cool da América" segundo António Câmara, ...e eu que pensava ser o "Mayor of Lisbon".

Agora, (mais) a sério...está a passar um excelente video promocional de Austin, uma cidade que é (mesmo) criativa.

Região de Lisboa vai de Setúbal até à Corunha...

Hoje, na conferência “Rede de Cidades Criativas”, Pavilhão de Portugal, Parque das Nações, na capital do império, António F. Ferreira, Presidente da CCDR-LVT informa que o "Director das Industrias Criativas de Austin quando visitou Lisboa logo percebeu ser esta a cidade ideal para dar inicio à criação de uma rede mundial de cidades criativas".

E, porque o povo anda desinformado, dá a boa nova, a mais criativa do dia: "Região de Lisboa vai de Setúbal até à Corunha" . No entanto, magnânime condescende: "mas o país não é só Lisboa".

Ufa, já podemos descansar...

sábado, abril 18, 2009

"First they came…"

"First they came" is a poem attributed to Pastor Martin Niemöller (1892–1984) about the inactivity of German intellectuals following the Nazi rise to power and the purging of their chosen targets, group after group:

"In Germany, they came first for the Communists, And I didn’t speak up because I wasn’t a Communist;
And then they came for the trade unionists, And I didn’t speak up because I wasn’t a trade unionist;
And then they came for the Jews, And I didn’t speak up because I wasn’t a Jew;
And then . . . they came for me . . . And by that time there was no one left to speak up."

via Blasfémias

um dia Churchill...

"Conta-se que um dia Churchill, chegando aos lavabos do Parlamento, escolheu para urinar o mictório mais longe do que estava a ser usado pelo Chefe da oposição. Este, reparando nisso, à saída, virou-se para Churchill e perguntou-lhe se receava estar próximo dele, ao que Churchill terá respondido: nunca se sabe, voçês não podem ver nada grande que querem logo nacionalizar."
in Leais, Imparciais & Liberais, Livro de José Manuel Moreira

quarta-feira, abril 15, 2009

Hoje, duelo de campeões...

no Dragão, claro!

e onde mais poderia ser!?
senão no habitual palco dos campeões.

“Sem eira nem beira” *

A melhor análise política da semana,
realizada pelos sempre eternos Xutos & Pontapés

* lá chegará o dia em que também a música será silenciada


Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um "passou bem"


Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar, despedir
Ainda se ficam a rir


Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir encontrar mais força para lutar


Mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar, enganar
O povo que acreditou


Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Dê-me um pouco de atenção

quinta-feira, abril 09, 2009

Fernando: así funciona el Oporto

No "Planeta Axel. Blog de Axel Torres en MARCA.com, Miércoles, 8 de abril de 2009", diz quem sabe:

"Parecía la parte débil del cuadro, la de los super outsiders, en palabras de Arsène Wenger. Se decía que el Manchester United tenía un camino llano hacia Roma con la alfombra roja ya preparada. Pero el primer obstáculo no fue la pequeña piedra que se suponía. El Oporto jugó un encuentro repleto de atrevimiento en su fase inicial y lleno de orden e inteligencia en su cómputo global. Recordó al de 2004, lo que confirma una vez más su capacidad para regenerarse. Se van las estrellas que llegaron siendo futbolistas anónimos y el proceso vuelve a empezar. Y nunca se detiene. Old Trafford coronó a Fernando, hasta ayer un medio centro con buena pinta pero sin experiencia en el primerísimo nivel, desde hoy una realidad que se doctoró en la máxima exigencia en el estadio del campeón de Europa. Su partido fue monumental, descomunal, inmenso. Siempre bien posicionado, extraordinario en la recuperación, poseedor de una determinación asombrosa, ofreciéndose en los apoyos, clarividente en la salida de balón, poderoso en la resistencia física para destacar en el correcalles de ida y vuelta de los minutos finales. Su historia define el funcionamiento de su club para reinventarse continuamente, para competir con recursos limitados con los grandes gigantes del continente.

Si los demás tienen más dinero, tú debes ver más fútbol que ellos. O al menos, ver el fútbol que ellos no ven. La segunda división brasileña, por ejemplo. Allí, en el Vila Nova, detectaron los ojeadores del Oporto a un chico de 19 años llamado Fernando. Lo contrataron por menos de un millón de euros y lo cedieron al Estrela Amadora para que adquiriera experiencia. Una temporada para que conociera la liga portuguesa, y al verano siguiente lo convirtieron en titular. Se había marchado Paulo Assunçao y el puesto de medio centro estaba libre. Su titularidad ya es indiscutible. Y el acierto de la operación, aún más.

Fue el de Old Trafford un partido que obligó a Ferguson a realizar varias modificaciones tácticas. Su 4-3-3 incial, con Paul Scholes de "cinco" y Carrick y Fletcher de interiores, fracasó con estrépito en los minutos iniciales. La presión adelantada del Oporto, repleta de agresividad, ahogaba por completo al campeón de Europa. Sir Alex pasó al 4-4-2, metiendo a Cristiano Ronaldo de segundo delantero.

Mejoró el equipo en cuanto a posesión de balón y a dominio del partido, pero el crack de Madeira se perdió en una zona en la que no había espacio alguno: los dos centrales y el MVP Fernando le comieron el terreno. El United pareció equivocarse en el reparto de papeles de sus dos medios centros. Scholes jugó toda la primera parte más retrasado que Carrick, con lo que nunca apareció cerca del área para buscar el disparo de media distancia. El equipo echaba de menos, además, la clarividencia del ex del Tottenham para mover el equipo. Pudo pesar también la fatiga -el Man U fue el único de los ocho cuartofinalistas que jugó el domingo en su liga... ¡y eso que su partido era el martes!-,al igual que la baja de Ferdinand. Evans se equivocó en el primer gol y hubo un serio error de coberturas en el segundo, impropio de la máquina defensiva que era el United hasta hace un mes. El 2-2 pareció un resultado justo que deja la eliminatoria mucho más abierta de lo que se esperaba."

quarta-feira, março 18, 2009

Esta alma nunca criou um empresa...

...e seguramente que também nunca geriu nenhuma, nem deve fazer a miníma ideia sobre como é que aparece o dinheiro com que vive!

Felizes daqueles que não precisam de trabalhar para ganhar a vida.

sábado, março 14, 2009

Lema publicitário

"O difícil consigo-lhe hoje, o impossível amanhã e o que não existe depois de amanhã"

in "O Ano em que devia morrer", de Miguel Pinto

podía haber sido escandaloso

"Queríamos intentar llegar al área rival y lo hicimos, pero también hay que valorar al contrario. El Oporto no es el Barcelona ni el Real Madrid.

La velocidad que tiene arriba este equipo no la tiene nadie en el fútbol español. Si hubiéramos atacado tanto, el resultado podía haber sido escandaloso."

Abel Resino, treinador do Atlético de Madrid, ao El Mundo

A Solução da Bendita Crise, por César das Neves

"Portugal está em crise e regressa a habitual rapsódia do desânimo. Todos zurzem os responsáveis e lamentam que "este país" não tem emenda. Ninguém nota os enormes progressos desde anteriores recessões. Pior, as críticas são tão ociosas quanto os criticados. Afinal que aconteceu e como se cura?

A situação tem contorno definido e solução simples. Em 1985, ao entrarmos na Europa, o primeiro-ministro Cavaco Silva falava em desafios, dificuldades e pedia "deixem-nos trabalhar". Ao fim de dez anos de esforços, em 1995, os eleitores quiseram descansar e acreditaram ser possível crescer sem esforço. Realmente a segunda metade da década de 1990 viveu uma prosperidade aparentemente fácil. Muitos avisaram à época que tal só era possível com endividamento.

Esta ilusão é paralela à euforia consumista americana que tantos condenam. A nossa dívida pública externa triplicou de 12% do PIB em 1995 para mais de 45% em 2007. No total do País, a "posição de investimento internacional", indicador da situação financeira global, subiu de uma dívida de 8% do produto em 1996 para 40% em 2000. Agora, ao atingir os 90%, os jornais acordaram.

Como foi possível chegar aqui? Um país pequeno não se endivida sem a sua moeda entrar em colapso. Portugal aprendeu isso em 1977 e 1983, quando chamou o FMI para pôr a casa em ordem. Mas na grande Zona do Euro as dívidas portuguesas deixaram de ter impacto e pudemos acumular sucessivos défices externos. Desde 1998 que o nosso desequilíbrio na balança corrente e capitais está acima dos 4% do PIB. Desde 2005 ultrapassamos os 8%, nível da crise revolucionária de Abril. A moeda única tem muitas vantagens, mas o pior defeito é esta perda do sinal de alarme cambial: endividamo-nos sem custos.

Mas não ficámos indefesos, pois permanecem dois avisos. O primeiro, o Pacto de Estabilidade, por ser político, foi violado sem problemas. Portugal foi o primeiro país europeu a ultrapassar os limites de 2001 a 2007. Existe porém um outro mecanismo para forçar a corrigir o descalabro: o mercado financeiro. Quem está demasiado endividado paga taxas altas ou perde acesso ao crédito.

Infelizmente, na euforia inicial do euro e da bolha especulativa, os mercados não discerniam correctamente entre os países, tratando por igual todos os membros da moeda única. Por isso é excelente a notícia da passada quarta-feira, de descida na classificação de risco (rating) da dívida portuguesa. Finalmente, com a crise financeira mundial, os mercados voltam a cumprir as suas funções de vigilância.

Os próximos anos serão duros, mas vamos entrar no bom caminho, quer queiramos quer não. Portugal será forçado a corrigir a sua situação financeira. Não há desculpas. Bendita crise, se nos der juízo!

Ao começar finalmente a recuperação, os actuais lamentos e críticas são inúteis. Quando faziam falta, não se ouviam. Pior, são também hipócritas porque a culpa do endividamento não é dos políticos, mas de todos. Um indicador simples mostra o problema.

A grave situação externa vem da baixa competitividade de Portugal. Mas, ao contrário do que se diz, o mal não está na produtividade. Desde que entrámos no euro (1999--2007) o produto por trabalhador português cresceu um total de 10,4%, enquanto na média dos Doze crescia 10,9% e a Espanha só 4%. Por que razão ficámos para trás? Porque os salários portugueses aumentaram um total de 7,7% no mesmo período, enquanto a média dos Doze subia só 5,5% e em Espanha caíam 4,5% acumulados. As nossas dificuldades externas e endividamento não vêm de produzirmos pouco, mas de ganharmos de mais para o que produzimos.

O problema não está nos salários dos operários, que na indústria vivem intensa concorrência europeia. São os ordenados dos ministros, funcionários, bancários, professores, médicos e outros. De todos, até dos críticos.

A solução para a crise não vem da qualidade da classe política e outros temas habituais dos lamentos. Passa, em boa medida, por uma expressão que Cavaco Silva usava há 15 anos e nunca se ouviu desde então: moderação salarial."

João César das Neves, Professor universitário, 26 de Janeiro 2009 no DN

domingo, fevereiro 22, 2009

The crisis of credit visualized

Via Made in Mundo, que lá chegou através do Active Media, uma extraordinária animação de Jonathan Jarvis que nos explica de forma simples (tudo, por mais complexo, pode ser explicado de forma simples!) a complexa crise financeira actual.

Valem bem a pena os 11 minutos e 10 segundos de duração do filme.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Portugal, o país imaginário segundo o IFSC

Independente de qualquer juizo partidário, vale a pena ler com atenção a mensagem de ano novo de Alexandre Relvas, Presidente do IFSC, em especial a parte onde é referido que:
"os Indicadores Estruturais e a Política Nacional.Os Indicadores Estruturais são particularmente relevantes, tendo em conta a política de propaganda do actual Governo, que apresenta sistematicamente um país imaginário que não corresponde ao país real. Os indicadores seleccionados traduzem objectivamente a evolução da realidade económica e social ao longo desta legislatura. Há realidades que não se podem deixar de sublinhar:
...Portugal empobreceu ao longo dos últimos 4 anos relativamente aos países da UE. Apesar disso os portugueses estão mais endividados, as empresas nacionais estão mais endividadas e o país está mais endividado.
...Apesar do fraco crescimento, a dívida externa do país passou, em quatro anos, de 64% para 90% do PIB.
...o equilíbrio das contas públicas – foi conseguido principalmente à custa de mais impostos. O Estado não reduziu os seus custos absorvendo cada vez mais recursos. A carga fiscal, isto é, o valor de todos os impostos que pagamos, já representa 37,5% do produto nacional. Pagamos mais 26% de impostos que a média europeia.
...Ao longo dos últimos quatro anos o desemprego aumentou sistematicamente afectando hoje 433.000 portugueses. Aumentou também o desemprego de longa duração e o desemprego da população mais qualificada. O desemprego atinge mais de 14% dos jovens até 24 anos."
Esta é infelizmente a história do país nos últimos 4 anos, como é infelizmente a história do país provavelmente nos últimos 20 anos. Portugal caminha para um empobrecimento permanente, em que os resultados desastrosos de uma crescente "estatização" da economia são sempre combatidos com mais "estatização" da mesma. E hoje, em que o "discurso da moda" é o da anti-neo-liberalismo, seja lá isso o que for e apesar de o liberalismo nunca ter tido qualquer papel no desenvolvimento do nosso país, mas isso sim, a pesada mão do estado ter cada vez um peso maior, abafando qualquer réstia de "mão invísível de mercado que pudesse algum dia ter existido.
Mas isto não promete melhorias...