sábado, dezembro 30, 2006

agora percebi

o povo não gosta de cultura, só de coisas da Treta...
"A longa-metragem de José Sacramento chegou aos cinemas em Outubro e em três meses conquistou três vezes mais espectadores que todos os outros 17 filmes de produção nacional estreados em 2006. O filme custou 800 mil euros e obteve uma receita bruta de bilheteira d e mais de um milhão de euros."

será que o JN se enganou no país

neste, todos nós sabemos, a cultura tem que ser fortemente subsidiada, porque o povo é pouco dado a estas coisas, não lê, etc e tal... e é "obrigação" do Governo /Autarquias/... pagar a sua formação. É, não é?

"É um país a duas velocidades o que parece ditar o andamento da área cultural. Se, a nível oficial, o Ministério sofreu cortes de 10% - tornando cada vez mais longínquo o objectivo do 1% do PIB, prometido pelo actual executivo até ao fim da legislatura -, bem diferente é o panorama oferecido pelos privados."

atalhos no caminho para a Democracia

Na Venezuela, o caminho para a “Democracia” é trilhado, dia a dia, com determinação...

"É melhor prepararem as malas e ver o que farão a partir de Março"porque" não haverá concessão para esse canal golpista que se chama Rádio Caracas Televisão",...Chávez frisou também que, durante o mandato presidencial, o seu espaço radiofónico e televisivo dominical "Alô presidente" será convertido numa sala de aulas, estando a ponderar que a sua emissão passe a ser diária e alargada a todas as rádios e televisões do país."

“O presidente venezuelano pediu à Assembleia Nacional para mudar o nome das Forças Armadas Nacionais (FAN) para Forças Armadas Bolivarianas, argumentando que assim se identificariam melhor com o seu projecto de Governo de um "socialismo do século XXI"
Enquanto numa Democracia perto de nós (apesar de tudo, talvez a melhor)…
“O presidente da Câmara de Londres, o trabalhista Ken Livingstone, planeia um grande festival para celebrar na capital britânica o 50.º aniversário da revolução cubana de Fidel Castro, ...”

sexta-feira, dezembro 29, 2006

"que pôs mãos à obra"...ontem, como hoje

Pode até não parecer,

mas isto está ligado com isto . Quando o Estado deixa de ser Estado tudo se vai misturando. Não se garante o minímo de dignidade à vida de uns enquanto se decide como enterrar outros.
Por vezes a realidade é por demais deprimente, e avassaladora a miséria humana.

Iguais a nascer, iguais a morrer

Guardem esta notícia!!!, por Helena Matos, no Blasfémias
"Câmara impõe minimalismo estético, com jazigos estilizados para acabar com "decorações excessivas", assume o vereador. ...uma vez que os jazigos vão deixar de ser decorados de acordo com o gosto dos familiares do falecido." (boldsmeus)
O que é impressionante é que o "monstro" vai crescendo, ganhando maiores poderes, intervindo cada vez mais fundo na vida, e até na morte, e lentamente vai anestesiando os cidadãos que já não só não reagem, como até aplaudem...a caminho da servidão!

sábado, dezembro 23, 2006

olha se isto pega...

Então não é que a Câmara do Porto (CMP) não dá tolerância ("tolerância", expressão assim a modos de gozar com os pategos que pagam impostos) no dia 26 de Dezembro, dia em que é pressuposto trabalhar, para todos os seres com emprego e que não estejam em férias (assumidas).

Pois foi este o crime cometido pela CMP, e como tal "vê mais uma decisão ser contestada". Como muito bem recordou o Senhor Avelino, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, trata-se de um "perigoso precedente" ou, segundo o PCP da cidade, "É um perigoso precedente que põe em causa os direitos dos trabalhadores". Claro que é, a querer que as pessoas trabalhem em dias em que lhes pagam para trabalhar, onde é que já se viu coisa assim...mas tá tudo doido!!!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

não pelo mercado, não pelos clientes...

mas "Época de saldos será antecipada na nova lei a publicar em Janeiro", hoje no Jornal de Negócios

Segundo Sua Excelência, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor...e das épocas de saldos, "o Governo vai antecipar os dois períodos anuais de saldos da actividade comercial".

Será que Sua Excelência, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor...e das épocas de saldos, não poderia criar uma lei que obrigasse todos os portugueses a comprar todos os produtos e serviços de uma qualquer empresa minha, quando e ao preço por mim definido. Sei lá, digo eu que sou bom rapaz e que estou certo poder fornecer os melhores produtos e os melhores serviços à população portuguesa...e a qualquer outra onde Sua Excelência, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor...e das épocas de saldos, consiga chegar.

Agradecido!

A Infâmia da Censura

Em A Arte da Fuga, este e este, dois excelentes posts sobre a A Infâmia da Censura.

"Eduardo Cintra Torres, "Um documento negro e infame", hoje no Público:
O meu artigo de 20.08, Como se Faz Censura em Portugal, centrado nos noticiários de 12.08, tinha página e meia em A4. A ERC produziu sobre ele uma Deliberação e uma Recomendação de 234 páginas, ...É um documento negro para a história da liberdade de expressão após o 25 de Abril, sem paralelo na produção de matéria sobre o assunto por parte de organismos do Estado. Extenso, produzido por uma equipa que inclui dezenas de pessoas, em 3,5 meses [...] A ERC defende o mesmo tipo de censura e atropelo à liberdade que denunciei no meu artigo: afirma que o director do PÚBLICO "tinha o direito-dever de não publicar" esse artigo. Considero este documento infame, oriundo de uma entidade marcada pela suspeita da sociedade livre desde a sua origem e que agora confirma as mais negras previsões ao agir sob o signo da desonestidade intelectual, abuso de competências e ao defender a censura no nosso Portugal livre."

"António Barreto ("Quem o tem chama-lhe seu"), hoje no Público:
[...] um passo dado no condicionamento da liberdade de expressão é sempre um passo a mais.
[...] a liberdade de expressão não é um privilégio dos jornalistas, é um direito dos cidadãos.
Este governo está à beira de pensar o impensável: dá sinais de acreditar em que a liberdade dos cidadãos é incompatível com o poder. O seu."

domingo, dezembro 17, 2006

Porto-Gaia e Matosinhos e área verde













Interessante esta questão que Alexandre Burmester levanta em A Baixa do Porto

...e pagar impostos

ainda a corrupção, Poder Central vs Local

Na senda do post anterior, sobre o fenómeno, pergunto: será mais provável a corrupção local ou nacional, uma sob monitorização dos munícipes, outra sob monitorização dos contribuintes.

e já agora, terá maior impacto quando numa qualquer obra municipal ou numa obra de regime, assim tipo aquela coisa -OTA- que até hoje ninguém (i.é., quase ninguém...) percebeu para que servirá.

Isto sou eu a perguntar...

Copy the Nordic Solutions, Not the Problems!

Johnny Munkhammar do think-tank sueco Timbro, num discurso sobre os modelos nórdicos, por AA , em O Insurgente:
"Thus, the conclusion that can be drawn is that the Nordic countries built their first success when they were very market-oriented with low taxes and small government. And when they tried socialism, success faded and problems mounted. Now, they have made market-oriented reforms in completely different fields of society and created success: Finland in telecom, Denmark in the labour market, Iceland in banking, Sweden in private pensions, etc.

All this is really an empirical study in the success of the market and reforms liberating free exchange. It confirms numerous scientific studies about how low taxes bring high economic growth and how a free labour market creates more jobs. Sure other countries can learn from this. Avoid the socialist big welfare state and continue to do market-oriented reforms.

The Nordic countries teach both the lesson of avoiding big government –under its various names such as welfare state or social model– and that free-market reforms work. The Nordic countries have done very different reforms, and none of them – perhaps except Iceland – has been as reformist as Ireland, Britain, Estonia, or Slovakia and have thus not had equally positive results."

Contra a Implementação da Experiência Pedagógica TLEBS

Leiam integralmente a petição, e assinem-na aqui, se estiverem de acordo.

muito importante, numa caixa de comentários perto de si...

Na caixa de comentários de um post de Pedro Arroja, alguém que assina como “anti-comuna” (é pena que quem pensa e escreve tão bem se esconda atrás de um nickname)

“…nas sociedades democráticas de hoje, o respeito pela esfera privada está a desaparecer. Ou seja, a dita classe média, fortemente moralista, hipócrita e suspirando por segurança, admite e apoia um Estado cada vez mais omnipresente na esfera privada e alheia. Ou seja, é um comunismo mais soft mas mais tenebroso e preocupante. Baseia-se nas aspirações de uma maioria contra as restantes minorias. Legitimado pelo voto popular. (Fazendo lembrar a República Romana de outros tempos, mas de um modo mais moderno e sofisticado.)

Querem exemplos do Portugal de hoje? O fim do sagrado princípio da reserva de confidencialidade entre o mero advogado e o seu cliente. Quando o Estado se arroga no direito de exigir que o causídico perca a legítima salvaguarda dos direitos de um cidadão, cliente deste causídico, temos a maior perversão de sempre, na história recente humana…

Mas há mais. Como é possível que se admita que o Estado imponha um microchip implantado numa viatura particular? Que se saiba foi aprovado um projecto-lei em que se impõe a implantação de um microchip na viatura de cada um de nós, para o Estado nos controlar os movimentos.Depois temos a nova leia da imprensa ou comunicação social que aprova a introdução da censura. Mas a censura legitimada através do voto popular.

Sem falar na perda dos direitos do cidadão contra o Estado, em caso de litígio contra este. Isto é simplesmente voltar ao velho totalitarismo. Relembro o seguinte. A PIDE tinha mesmo como nome a salvaguarda do Estado, este sendo confundido com a Nação ou modernamente entendida como Sociedade. Hoje acontece o mesmo, temos o Estado com cada vez mais poder contra o cidadão, em nome da defesa do próprio Estado.

Ou seja, com a queda das ditaduras ocidentais, em especial o comunismo, o nazismo e ditaduras várias, como a de Franco, Pinochet ou Salazar, o mundo ocidental, vendo como seu inimigo o islamismo religioso, começa a adoptar políticas que antes só as ditaduras tomavam. E algumas nem foram tão longe como as medidas que este desgoverno, por exemplo, tomou.

O que se passa é que com o 11 de Setembro e as réplicas que se seguiram, em nome do combate ao terrorismo, por um lado, e em nome do combate à alta criminalidade e evasão fiscal por outro, o Estado está cada vez mais forte e o cidadão cada vez mais desprotegido contra os poderes tentaculares deste. Poucos liberais estão a compreender estas mutações nas ditas sociedades livres. Desde Portugal até à velhinha Inglaterra, até ao caso mais paradigmático, o americano.

E como se legitima este novo poder político autoritário? Sustenta-se no elevado número de cidadãos dependentes do Estado. Desde o mero funcionário público até ao simples pensionista. Os votos destes e dos seus familiares são garantia para os detentores do poder do Estado. Que sob chantagem económica, emocional, psicológica (ver como o terrorismo é usado para cortar nas liberdades civis) e social, o Estado é cada vez mais senhor e dono das nossas vidas. É o esclavagismo moderno ocidental. Os tontinhos das oligarquias islâmicas têm os seus tribunais religiosos, nós temos o Estado, os seus senhores e os seus capatazes, quem em nome de utopias sociais, aceitam e até incentivam o fim da Liberdade individual e colectiva.

É certo que aqueles que descobrem o Liberalismo através da teoria económica muitas vezes perdem-se e perdidos nem sabem por onde legitimar o seu discurso contra o Estado. Agarram-se demasiado à defesa do capitalismo, confundindo-o com o Liberalismo. Quando o que importava era voltar ao velho Liberalismo, da luta contra o obscurantismo, da luta pelos básicos e fundamentais direitos do cidadão livre, contra o despotismo, contra as oligarquias, contra as tiranias, contras os "velhos senhores", agora com outras roupagens.…"

sábado, dezembro 16, 2006

primeiro empresário português a ser distinguido com o Prémio Pessoa

Certos acontecimentos, parecendo pequenos, são grandes. Uma importante notícia para o mundo universitário e empresarial português, hoje, no JN, com os meus sublinhados:

"O trabalho desenvolvido pelo professor universitário e presidente-executivo da YDreams, especializada em novas tecnologias de informação e conhecida sobretudo pelos jogos interactivos para telemóveis, foi considerado pelo júri "uma verdadeira revolução".

A YDreams nasceu em 2000, fruto de um professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, no Monte da Caparica, que teimava que a investigação feita naquele estabelecimento de ensino deveria servir para mais do que para atribuir notas aos alunos. António Câmara reuniu à sua volta um pequeno grupo de investidores e investigadores interessados no projecto, aplicaram 50 mil euros e criaram a empresa."

Por isso, a corrupção é um fenómeno muito mais generalizado e intenso no sector público do que no sector privado

Pedro Arroja, no Blasfémias:

"A probabilidade de um acto de corrupção ser detectado e denunciado é muito diferente, porém, consoante ele ocorra no sector privado ou no sector público.

Assim, um gestor de compras que adjudica um certo contrato a um dado fornecedor, e não a outro que pratica preços mais baixos, só porque o primeiro lhe concedeu certos favores, lesando o seu patrão em um milhão de euros, tem uma probabilidade muito diferente de o seu acto ser detectado e denunciado conforme o seu patrão seja uma empresa ou o Estado.

Se o seu patrão é um empresário em nome individual, é este que vai suportar por inteiro o custo do acto corrupto do seu empregado, no valor de um milhão de euros, conferindo ao empresário um poderoso incentivo para vigiar o seu gestor de compras, cortando-lhe todas as veleidades. Mesmo que a empresa seja propriedade de cem pessoas, cada uma terá um prejuízo de dez mil euros em resultado do acto corrupto do seu gestor de compras, conferindo aos empresários, ainda assim, um incentivo importante para nomearem um homem da sua inteira confiança para o lugar e o vigiarem de perto.

Porém, quando o patrão é o Estado, o custo do acto corrupto praticado pelo gestor de compras de uma instituição pública, no valor de um milhão de euros, é disperso por milhões de cidadãos-contribuintes. Num país de dez milhões de cidadãos, cabe a cada um deles um custo de dez cêntimos, não dando a nenhum um incentivo suficiente para vigiar de perto os actos patrimoniais daquele gestor de compras e de todos os agentes que, no sector público, actuam em seu nome.

Por isso, a corrupção é um fenómeno muito mais generalizado e intenso no sector público do que no sector privado - uma conclusão que levou o economista Ludwig von Mises a escrever que a corrupção é a consequência normal da estatização. E, na realidade, analistas ligados à Transparency International, a agência que monitoriza os índices de corrupção em cerca de 150 países do mundo, sugerem que em alguns países, a corrupção no sector público chega a representar 90% de toda a corrupção no país."

Calvin, sonhando com a OTA

sexta-feira, dezembro 15, 2006

pensar que o rapaz...















andou a encantar meio mundo...

temos um liberal infiltrado no governo


ou era mau de mais mesmo para um socialista? Link no JN

Público, 15dez: "redução do nº de funcionários dos actuais 10.500 para 7.000".

em "Lisboa, de 4.737 para 1.756"; "transferência de sedes dos laboratórios de Veterinária, Pescas e Investigação Agrária para Vairão, Olhão e Elvas, respectivamente".

como "os agricultores e os pescadores não estão na Praça do Comércio", era fundamental descentralizar", frisou (muito bem!) o Ministro Jaime Silva.
E ninguém tinha reparado?

os jogos dos campeões

No Dragão, defrontam-se duas potências mundiais,
e lá terá que se mandar o "special one" pela borda fora ...

FC Porto (Por) - Chelsea (Ing)
Celtic Glasgow (Esc) - AC Milan (Ita)
PSV Eindhoven (Hol) - Arsenal (Ing)
Lille (Fra) - Manchester United (Ing)
AS Rome (Ita) - Lyon (Fra)
FC Barcelona (Esp) - Liverpool (Ing)
Real Madrid (Esp) - Bayern Munique (Ale)
Inter Milão (Ita) - Valência
(Esp)

quinta-feira, dezembro 14, 2006

ouvi dizer que lá donde saiu há muitas mais...


Roubadinho à Eterna, sem remorsos...

e concordam com o quê?

"João Cunha e Serra, membro da Fenprof e da Internacional da Educação, esteve ontem presente na reunião entre o MCTES e a OCDE. "Não concordamos com as fundações nem com a proposta de os docentes e não docentes deixarem de ser funcionários públicos", disse, considerando que também há aspectos positivos no relatório da OCDE".

o IEFP e o (des)emprego em Portugal

adiantou ao JN o presidente daquele instituto, que descobriu isto tudo desde Março deste ano:
"Chamamos as pessoas para um emprego ou para fazerem formação profissional e quem já está a trabalhar, por norma, não aceita", porque "as duas actividades não são compatíveis, disse"
"Só a partir de Março é que o instituto passou a cruzar dados com a Segurança Social e a avisar, de forma centralizada, os beneficiários da perda do subsídio. Desde então até Outubro, tinham sido enviadas 5143 cartas. A média mensal de intervenções e de cortes de subsídio indica que perto de um quarto dos chamados para um trabalho ou formação a tempo inteiro - incompatível, por isso, com um emprego não declarado - decidiu recusar, sujeitando-se ao corte do benefício".

quarta-feira, dezembro 13, 2006

John Cleese ensina política


John Cleese SDP/Liberal Alliance political broadcast 1987 .
Muito bom! Obrigado Gabriel.

hoje, citando

"De nada vale a pena pensar, é preciso reflectir primeiro",

Pierre Dac

assim do tipo “o meu ditador é mais fixe que o teu”

Estas discussões são muito divertidas, assim do tipo “o meu ditador é mais fixe que o teu”...ou "tás a ver" que sou democrata...

Eu, que tenho o raio do defeito de não gostar de ditadores, assim a modos dos que mandam matar pessoal que pensa diferente deles, ou que gostaria de dizer o que pensa, não tenho grande jeito para festas destas.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

para mim, o melhor blogue 2006


Parabéns ao Blasfémias, que recebeu os óscares de «Melhor Blogue Colectivo 2006» e de «Melhor Blogue 2006», atribuídos pelos bloggers que participaram na votação proposta pelo Geração Rasca.

uma reportagem que é um país

No Público de 10dez, sob o título “93 postos de trabalho por um euro”, um retrato do país em que nos vamos transformando:

Uma empreendedora, Conceição Pinho, que merece todo o meu respeito (como merecem todos os que lutam pela vida, sem a asa protectora do estado) comprou uma fábrica (Afonso, Confecção de Vestuário) aos seus antigos donos, que a iam fechar. Não por 1 euro, mas por 1 euro + passivos (250 mil euros, segundo a reportagem) - activos (dos quais não se fala, porque para os jornalistas as organizações só têm passivos…)

“400 euros mensais, é o salário médio dos operários da fábrica”, i.é., ganham todos próximo do salário mínimo nacional (SMN) e, mesmo assim, lutam dia a dia pela sobrevivência…No próximo ano, com o aumento do SMN, a empresa terá ainda maiores dificuldades para sobreviver, pois vende “minutos” em concorrência com outros que os vendem mais baratos, e o diferencial aumentará.
Desejo que não, mas e se um dia a empresa for à falência pela incapacidade de suportar o aumento de custos? Pergunto eu, que percebo pouco disto: é melhor uma empresa continuar a laborar, dando emprego a 93 pessoas, pagando o que pode, ou ir á falência e os 93 operários para o (subsídio de) desemprego?

Uma pérola final: "dois partidos políticos quiseram visitar a fábrica, mas desistiram quando lhes foi dito que não poderiam vir acompanhados de jornalistas". Isto de defender causas sem jornalistas para as registar é uma canseira…

Boa sorte para a empresa e para esta ex-trabalhadora, hoje empresária, que afirma, ao arrepio dos vendedores de ilusões: “É um empresa perfeitamente normal. Uma cooperativa com 90 cabeças dura uma semana, não dura mais” Nem mais.

um programa para a educação

vive na Feira e estuda no Porto, teve 20 de média no secundário e 19,4 no acesso ao ensino superior, é estudante de medicina, membro da tuna da universidade, frequenta curso de piano, estuda canto, pratica natação, sai com os amigos, gosta de ir ao cinema, não passa um dia sem Internet...no Público, a 9dez, dia em que deu gosto ler as notícias.

"gosto de aprender e pouco de marrar"
Ana Catarina Gomes,

Competição fiscal na UE

Vital Moreira, um "estatista" na Causa Nossa:
"A independência fiscal pressupõe espaços económicos autónomos. Porém, num mercado integrado, como o da UE, sem fronteiras internas e com inteira liberdade de circulação de factores de produção ("mercado interno" ou "mercado único"), torna-se nececessário um mínimo de harmonização fiscal, especialmente no que respeita ao imposto sobre as empresas, sob pena de uma competição sem fim pela diminuição da carga fiscal, que só pode favorecer o "dumping" fiscal e social."
Eu, não podia estar mais de acordo com António Costa Amaral, em A Arte da Fuga:
"A harmonização fiscal retira às administrações os incentivos para serem eficientes. A impostos constantes, a máquina do Estado tende a esgotar os recursos até ser necessário adquirir mais recursos por via fiscal, conferindo mais poder económico ao poder político. É por isso que os estatistas tanto defendem impostos iguais para todos os países. "

eu não queria, mas

aos 88m, Lucho de seu nome

domingo, dezembro 10, 2006

merece visita mais regular

Apesar de uma mente desportiva pouco desperta, apresenta vocação para a arte...!
E, quem percebe que o "Calvin não é um aluno vulgar, é sobre-dotado" merece visita.

Infelizmente cada vez mais actual


Agradecendo a simpatia a Jorge Assunção, do Despertar da Mente, aqui fica o link para a versão simplificada em banda desenhado do The Road to Serfdom, the Friedrich Hayek que pode ser encontrado na página do Ludwig von Mises Institute. .

Tudo indica que os tempos actuais, e os próximos, tornarão muito útil uma visita regular a esta banda desenhada.

urge alterar este "estado da nação"

Não partilho da visão apocalíptica, como se do fim da história se tratasse, de Pedro Arroja, no Blasfémias:- "não gostam uns dos outros";- "uma certa cobardia";- "o espírito público";- "o vício que o despotismo produz, mas partilho do essencial dos seus comentários. "Populações que viveram durante longos séculos sob regimes autoritários e frequentemente despóticos tendem a desenvolver" determinados traços de carácter, e tal é visível muitas vezes em Portugal.

Como bem dizia Churchill (não exactamente assim): "Sou optimista, porque não vejo grande ganho em ser outra coisa qualquer", e acredito que a Nação irá encontrando as soluções para os problemas, mas porque "caminhamos para a servidão" a passos largos, urge alterar este "estado da nação", antes que seja tarde demais, e as consequências irreversíveis.

sábado, dezembro 09, 2006

hoje, a citação

"Um cavalo nunca corre tão depressa como quando tem outros
cavalos para perseguir." Ovídio

sexta-feira, dezembro 08, 2006

passo a passo o caminho da servidão vai sendo trilhado

Infelizmente a maior parte das pessoas nem vai perceber o que está em causa, mas vai valendo que ainda há Directores como o do PÚBLICO (meus sublinhados a bold):
"José Manuel Fernandes garante que "não acatará a recomendação da ERC de que deve deixar de publicar – ou seja, que deve passar a censurar – textos que possa vir a considerar inconvenientes". "O director do PÚBLICO não censura textos, muito menos de opinião, mesmo que discorde deles da primeira à última linha", insiste. Sustentando que a autoridade "não tem competência para analisar questões éticas ou deontológicas", José Manuel Fernandes sublinha que a deliberação hoje conhecida "reforça a ideia de que a ERC está a exorbitar nas suas competências". "Caso estas sejam alargadas com a aprovação das leis em discussão sobre a concentração dos media e o novo regime de actuação das televisões, podemos estarmos perante o mais grave cenário de ataque à liberdade de imprensa em Portugal desde a consolidação da nossa democracia", alerta".

terça-feira, dezembro 05, 2006

até que enfim!

Parece que está oficialmente aberta a Época Natalícia...

estava eu a falar do Ministério da Educação

De muita qualidade, a entrevista de Joaquim Azevedo ao Público / RR / RTP2, no "Diga lá Excelência":

"Pensa-se que tudo se resolve por leis. Por exemplo: existe um problema de disciplina nas escolas? Faz-se um decreto lei, o problema fica resolvido…”“(Ministério da Educação acabou) de legislar, em Outubro, sobre os cacifos das escolas”. via Tonibler

comentários para quê!!!


Um desafio à Blogosfera Liberal III

Apesar da tentação -talvez normal para quem diáriamente dá umas voltas pela blogosfera- fui resistindo à tentação para escrever num blog. Sabia não ter tempo (nem arte?) para grandes disputas, como aquela com que os camaradas do Tonibler me querem brindar. Temia, e confirma-se, não ter tempo para, na qualidade possível, dar resposta capaz aos desafios que isto implica. Mas, como cada um se mete no que se mete e eu sempre fui responsável pelos meus actos, vou iniciar, no que à Educação diz respeito, o caminho “Da proposta para a melhoria da Educação (o “Da” dá mesmo pinta às ideias…).
Extinguir o “Ministério da Educação”, deixar de alimentar os sindicatos que o mesmo “sustenta” e assim acabar com parte deste pesadelo de “Estado que tudo planeia e tudo controla” é mais do que uma sugestão, um acto de cidadania. Já o disse, no texto “Educação, essa Paixão!” (para o qual faria link não fosse (ainda) muito básico no domínio das técnicas “bloguisticas”).
Educação, pelo lado da procura, é fácil. Basta dar liberdade aos pais para escolherem a escola dos seus filhos, pública ou privada, por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Depende de vontade política. Faltando esta, como falta, resta fazer pressão permenente sobre os decisores políticos até que estes se sintam “obrigados” a tomar a decisão.
Educação, pelo lado da oferta, é mais complexo. Se definir o que é correcto talvez não seja tão difícil assim, fazê-lo é quase impossível. Representa mexer com todos os interesses instalados que ao longo dos anos se foram “alimentando” da “educação” em Portugal. Aqui vão algumas ideias iniciais, que daqui a pouco tenho que (recomeçar) a trabalhar. Cá voltarei mais tarde:

Para começar, dar às comunidades a gestão das suas escolas. Não acredito no argumento de que elas não o querem. Bastaria que fosse dada liberdade aos pais para escolherem a escola dos seus filhos e um cheque ensino para “comprarem” a melhor educação, na melhor escola, e não faltariam interessados. Ou seja, crie-se um mercado livre e certamente aparecem boas propostas, com bons projectos educativos.

Permita-se, pela decisão de cada comunidade escolar, a escolha do conselho executivo, e que este possa tomar as decisões adequadas à sua comunidade sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento. Permita-se que esse orçamento, após aprovação, seja implementado com autonomia, pela equipa dirigente e docente, e não tenho qualquer dúvida que a escola melhora.

Substitua-se o inenarrável “Ministério da Educação” por um Gabinete de apoio à escola, com poucas mas úteis responsabilidades, que funcione como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.

Permita-se que esse gabinete, junto com universidades e outras instituições competentes, faça a avaliação, e em consequência dessa avaliação, disponibilize recursos humanos e materiais para o apoio às escolas com maiores dificuldades e que, junto com a avaliação pelo Estado, também o mercado faça as suas própias avaliações. Seguramente este processo terá consequências, a melhoria das escolas e do ensino em Portugal.

Mas, deve o Estado sair completamente do sistema?. Eu (mas isto sou eu!) acho que não, e como contribuinte estou disponível a pagar para que, nas àreas onde o mercado não se interesse pela gestão de projectos escolares, o Estado o faça. Para que todos tenham acesso a uma melhor escola para os seus filhos.

Certamente tem muitas falhas esta proposta, e desde já uma importante, à qual um dia voltarei, logo que o tempo o permita: Como é que se passa deste modelo estatista/centralista para um modelo descentralizado e focado no mercado?

domingo, dezembro 03, 2006

5 a 7 minutos de lusco fusco

O empreendedor português!

Um desafio à Blogosfera Liberal II

O Camarada Tonibler, respondendo ao meu desafio, o que desde já agradeço, afirma sobre "que estado é o estado mínimo” que é
“o estado necessário para que cada um escolha o que é importante para si, numa nação que garanta as condições para tal.”
Concordo e “tá bonito!” (fica-lhe bem dar títulos assim, "Do....").
Este meu desafio foi (quase) ignorado pelos poucos (mas bons) blogs liberais (uns mais do que outros) que incomodei, “postando” nas caixas de comentários. Com pena minha, mas como já dizia o outro “é a vida!”.
O meu objectivo visava trazer para a “causa” alguns apoios de gente que pensa e escreve estes assuntos melhor do que eu (sem ironia), porque creio que esta é uma questão crítica a responder, para que as pessoas considerem a liberalização da sociedade uma alternativa válida ao “estatismo” reinante.
Estou convicto que quando os liberais afirmam que “algo está mal e a solução é o liberalismo”, a maioria das pessoas não compreende ou não aceita como credível a proposta. Se por exemplo digo (e acredito!) que o Ministério da Educação devia ser extinto, mas não consigo explicar como, nem qual será a nova realidade, a proposta será por muitos vista como um acto de irresponsabilidade e provavelmente gera receio (pelo desmoronar de um sistema que apesar de horrível vai funcionando). Os portugueses, dizem alguns estudos, preferem o conhecido (mesmo que mau) ao desconhecido (mesmo que potencialmente bom). Não sei se é verdade, mas que dizem, dizem...
De qualquer forma, por pequeno que seja, tentarei dar o meu contributo ao debate em "posts" posteriores.

Desculpem lá

mas agora qualquer conclusão sobre a vida implica o Governo “tomar medidas”

"Hoje, na Universidade do Minho, responsáveis governamentais marcarão presença na apresentação do estudo "A Condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio"
e
deverão anunciar medidas"

Um desafio à Blogosfera Liberal

Todos nós, uns mais liberais que outros, consideramos que o Estado está sobremaneira presente na nossa vida. Que chamou a si demasiadas funções. E se algumas até gostaríamos de lhe ter delegado (se tivessemos sido chamados a tal) outras nem em pesadelos o teríamos feito...

Assim sendo, a minha proposta é de que, com seriedade, todos os blogs que consideram dever o Estado reduzir o seu peso na economia e na sociedade, passem a explicar:
- que organismos, funções, responsabilidades, etc, deve o estado deixar, libertando a sociedade e a economia do seu peso, devolvendo aos cidadãos, às empresas e a múltiplas outras formas de organização privada, a solução.

possíveis exemplos, em "mil outros":
- Ministério da Educação? alternativa?
- Ministério da Economia? alternativa?
- Ministério da Cultura? alternativa?
- ICEP? alternativa?
- ...

sábado, dezembro 02, 2006

Quem pára este dragão?


Isso não sei, mas que a luta pelo segundo está ao rubro, isso está!
Cuidado com o Braga, em crescendo desde que o "bicho" lá chegou.

FC Porto:31 pontos; Sporting: 26; Benfica:22 (-1 jogo); Sp. Braga
: 20 (-1 jogo)

Free To Choose, por Milton Freedman


Vale a pena ouvir Free To Choose
por Milton Freedman.

Pena muitos não ouvirem e poucos compreenderem.

Obrigado ao Insurgente.