quinta-feira, novembro 30, 2006

já não chegam as ideias dos Secretários de Estado...

quando alguns jornalistas emitem opinião...a coisa normalmente corre mal...

"Era, por isso, bom que, juntamente com o novo Estatuto da Carreira Docente, o Governo pudesse aprovar um estatuto da carreira de pais",

Manuel Carvalho, hoje, Editorial do Público

quarta-feira, novembro 29, 2006

"Pensei que havia uma saída"

"o homem disse que, de facto, tinha notado uns barulhos "estranhos"...O casal reside na pequena freguesia do Marmeleiro, na Guarda, e deslocou-se ao Porto para ver uns amigos".

"Segundo adiantou, no local, fonte da Metro, foi a quinta vez que se deu uma infracção do género."

...tá bonito, tá!!!

para ganhar dinheiro

“As SCR são para investir em empresas e ganhar dinheiro, não para salvar o país”
Mário Pinto, Presidente da APCRI, hoje na CMVM

simples...porque a vida até que é simples...

Se soubesse explicava isto

...mas o melhor é ver o que o Maradona diz

segunda-feira, novembro 27, 2006

Estas sim, boas notícias

JN, hoje: "As doenças do envelhecimento vão ser uma prioridade do novo instituto de investigação na área da Saúde que vai nascer no Porto da associação de três dos mais prestigiados centros de ciência do país. A ideia é juntar a experiência do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) em doenças oncológicas, os conhecimentos do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) em patologias neurodegenerativas e genéticas e os avanços conseguidos pelo Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) em regeneração de tecidos.

Certo, para já, é que o modelo escolhido "deverá ser suficientemente aberto para estimular a adesão de outras instituições portuguesas e estrangeiras de investigação em biomedicina e saúde pública", sublinha Sobrinho. " Os três institutos gostariam de ser o núcleo aglutinador de um conjunto de instituições, tanto de investigação, inovação e de serviços, como ainda, na interface com a indústria farmacêutica".
(ver mais)
Que os sonhos desta (boa) gente se concretizem, é só o que desejo...

Parabéns ao Fogareiro

Não fosse a a blogosfera um espaço de liberdade e criatividade!
Só é pena não ser taxista no Porto, mas...parabéns pelo blog que visito faz tempo e que descobri não sei como...

No Público, apesar de tudo, o melhor jornal português

- Hoje, na capa do Público, “Hotéis portugueses começam a assumir opção de não aceitar crianças” e depois lá dentro, apesar do esforço da jornalista em fazer deste não assunto uma reportagem, o título é claramente desmentido. Até o Público, jornal de que gosto especialmente, tem destes dias…só peço que não apareça um zeloso Secretário de Estado pronto a cozinhar uma nova Lei para obrigar todos os hotéis a aceitar as crianças.

- António Barreto, brilhante como (quase) sempre, a mostrar o “retrato exacto e quantificado daquele que é talvez o maior desastre de todas as políticas públicas portuguesas”…o malfadado “sistema de ensino”, “política de educação” ou lá o que é.

- "Oi cara, quem é o figurão?" - ou como em Portugal não se quer “ver” que o Brasil é uma potência mundial, e Portugal apenas (o que não teria nada de mal, não fossem os ares de grandeza) um pequeno país, e como tal irrelevante para o Brasil.

- Brilhante, como (também quase) sempre, Vasco Pulido Valente fala do “Portugal à chuva”, cujo “caos que as chuvas provocaram, de um lado, e o CCB e a Expo, do outro, representam exactamente o país”…

E para terminar, a reportagem de ontem na revista “Fugas” sobre a Coreia do Norte é um hino aos “amanhãs que cantam”. Agora compreendo porque é que o outro “não tinha a certeza de a Coreia do Norte não ser uma Democracia”. Andava o rapaz enganado, porque só pode ser...uma Democracia!!!

A realidade, quando bem trabalhada, ultrapassa em muito a melhor ficção…

mais uma Ordem! ...quem paga, quem é?

A principal diferença que encontramos nesta “Ordem dos Notários de Portugal” (via Abrupto), não é o facto de ser mais uma corporação protegida pelas “asas grandes do Estado” (ler “impostos dos contribuintes”) mas de só agora ter que “lutar pela manutenção dos privilégios habituais”. Como tal, está a descobrir a beleza do marketing.
Este anúncio, mais do que um insulto aos bons notários, que isso é problema deles e da “Ordem”que os representa, constitui um insulto a todos nós e principalmente aos que morreram por causa daqueles dois senhores da esquerda na foto. Sem palavras.

Perante tamanha enormidade, até passa como mera parvoíce o comentário final, de que “os notários, apesar de integrados agora no regime de profissão liberal, têm os preços da sua intervenção tabelados.” Vou traduzir em português: nós -notários-
é que somos «bons liberais, pois ganhamos “à privado” mas com protecção do Estado”. Deve ser a isto que em Portugal se quer chamar Flexisegurança.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Telemóveis na vida dos pescadores

Na revista Pública de ontem, um excelente artigo! Na cada vez mais "capitalista" Índia, actor importante deste "mundo global", o desenvolvimento tecnológico melhora a vida das pessoas.

Na Índia, os pescadores "estavam à mercê dos negociantes; aceitavam o preço que lhes quisessem pagar. Se os barcos se avariavam, ficavam ali à deriva, à espera que alguém passasse. O telemóvel revolucionou a vida dos pescadores indianos"...explica Rajan, "estimando que os seus rendimentos triplicaram, passando para cerca de 150 euros por mês"..."conseguiu uma casa com electricidade e televisão".

Quando se grita contra a globalização, a sociedade capitalista, o lucro, etc, era bom lembrar que para alguns esse é o caminho da dignidade.

domingo, novembro 19, 2006

sábado, novembro 18, 2006

à procura de educação de excelência no estrangeiro...pois!

"Aqui em Deli, quase todos os meses, há grandes sessões de apresentação de universidades estrangeiras, procurando cativar o saber e o capital dos jovens indianos à procura de educação de excelência no estrangeiro, sendo que o sistema educacional indiano está a abarrotar. Por exemplo, mais de 200 000 jovens candidatam-se anualmente ao Indian Institute of Managment de Bangalore. Apenas 250 são aceites. Por outro lado buscam, obviamente, qualidade de ensino e perspectivas de emprego melhores do que na Índia.

Não, há um povo resistente. Entre as mais de vinte estruturas (ministérios, departamentos, institutos e comissões) nacionais representadas há de tudo, da Alemanha e França à Lituânia, Letónia e Polónia. O nosso Portugal marca a sua presença pela... ausência." in "a vida em deli"

Contra o “Lucro”: intervir, intervir! (II) - como prometido

Hoje na Universidade de Aveiro, no IV Encontro Nacional de Estudantes de Gestão Industrial, o Eng. Manuel Ferreira de Oliveira, Administrador da Galp Energia (e futuro Presidente!) deu uma excelente “aula” sobre a Responsabilidade Social das Empresas, que vou resumir:

Primeiro, e mais nobre, acto de Responsabilidade Social das Empresas é ganhar dinheiro = LUCRO.

E deu um elucidativo exemplo:

Numa empresa, o EBITDA = 100 unidades (lucros antes de juros, impostos, provisões e amortizações, também chamado de “os lucros antes de descontadas as más noticias). Para simplificar:

Resultados Operacionais” = 100
100
- 10 para pagar juros às instituições financeiras
= 90
- 27 (30%) para pagar ao “maior accionista” da empresa, o Estado, via impostos
= 63
- 27 distribuídos aos seus diversos accionistas (nota 1)
= 36, que ficam na empresa para serem reinvestidos, e gerarem novos ciclos de crescimento futuro

nota 1: empresa pode distribuir 95% dos resultados (5% são por lei para reservas) mas só uma empresa irracional é que o faz, pois comprometia o seu futuro.

nota 2 : empresa que dá prejuízo destrói valor, parasita nos seus fornecedores, colaboradores ou instituições de crédito (dependendo de quem a está a financiar) ou do estado (dos contribuintes) se receber subsídios; logo é uma empresa Irresponsável Socialmente.

Segundo, e último, acto de Responsabilidade Social das Empresas é criar Emprego.

Mas, só cria emprego empresa que cresce, e só cresce empresa com lucros; por vezes para ter lucros é necessário destruir emprego, para poder crescer e criar mais e melhor (mais qualificado/melhor pago) emprego no futuro; trabalhador que custe à empresa mais do que produz, está a retirar valor à empresa e a tirar possibilidades de trabalho a quem o merece.

Se a empresa, sem que tal seja sua responsabilidade, decide fazer outros actos – mecenato ou outra qualquer actividade de apoio financeiro ou em serviços a indivíduos, instituições, à comunidade, etc- é porque decide pagar um “imposto incremental voluntário”; nota: se o fizer, aconselha que o faça de forma “concentrada” em actividades que gerem maior retorno “intangível” à empresa, à comunidade e à sociedade.

Relembrou também que de 100 que um trabalhador recebe, a empresa paga 123 (23% para Seg. Social) e o trabalhador vai ainda pagar S. Social, IRS pelo rendimento e uma panóplia de outros Impostos ao Estado, com o IVA à cabeça sempre que consome.

Concluindo, sem empresas com lucro, não há emprego, não há impostos, não há investidores, não há sociedade.

E digo eu, quem alegremente combate o lucro, combate a sociedade e combate a vida.


Nota Final: dois conselhos que deixou aos alunos, entre vários:

- quando saírem daqui, agradeçam a todas as pessoas simples que trabalham e pagam impostos, pois são também elas que estão a pagar os vossos estudos, e a única forma de o fazerem é estudando e contribuindo para a sociedade como futuros bons empresários e trabalhadores.

- ensinem sempre aos outros o que sabem e “façam-se” bons e dispensáveis, pois só assim serão promovidos, na vossa carreira nas empresas; quem é “indispensável” nunca pode ser promovido; quem preparou a sua saída (ensinando os outros) e é bom, é promovido. porque a empresa não o quer perder.

Que bom ter dito isto aos Estudantes, e a responsáveis da Universidade.
Que pena só o ter dito dentro da Universidade.

sexta-feira, novembro 17, 2006

vale a pena assistir a esta “aula”

Nas minhas andanças faz alguns anos pelos “blogs” tenho aprendido muito, porque acedo a informação que complementa a obtida nos “media tradicionais”, e que muitas vezes é mais diversa, independente e credível, e também porque “conheço” pessoas cuja capacidade e conhecimento é enorme. Pessoas que de outra forma, provavelmente, não "conheceria". Rui Albuquerque, do Blasfémias, é uma dessas pessoas, cujas reflexões (lições muitas vezes!), mesmo quando não concordo com elas, gosto de ler com atenção.

Hoje, com a devida vénia (e abstraindo da questão particular em discussão) vale a pena assistir a esta “
aula”.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Lá vou eu comprar mais uma Fundação

Esta sempre é na linda cidade de Guimarães!

Através da Fundação, disse, "pela primeira vez, o Estado passará a assumir um papel no financiamento da SMS, que dará estabilidade à instituição"..."sem a SMS, o panorama cultural de Guimarães seria hoje completamente diferente e muito mais pobre"...Mesmo assim, "não estou certo de que os vimaranenses tenham uma ideia muito clara do que seja a SMS", sublinhou Amaro das Neves.

É no que dá a gente pagar as autoestradas, a Senhora no mesmo dia vai ao Porto e dá um salto a Guimarães.

E tem toda a razão o camarada...

E tem toda a razão o camarada Tonibler ao contribuir assim no Blasfémias, informação de João Miranda.

Anda o pessoal a trabalhar afincadamente para destruir (*) a capacidade de ensinar e de aprender e vinham agora os papás com ideias de “Liberdade (até me arrepiei) de ensino”. Isto só lá vai mesmo com um camarada “tipo Fidel”, na senda do ensino uno e bom, como o cubano.

Então se “tivemos todos (!!!???) a mesma oportunidade de dizer o que gostamos que se ensine”, foi para ensinar (formatar) as criancinhas todas por igual...não foi para que as criancinhas aprendam a pensar pela sua cabecinha.

É assim mesmo camarada, em frente, que o caminho para os “amanhãs que cantam” é longo e tortuoso. Mas não perca a esperança que tudo indica que é possível...

(*) Vale seguir a sugestão de Helena Matos, no Blasfémias, e ler Vasco Graça Moura no DN sobre a TLEBS.

Diz o Sr. Director que o Sr. Secretário de Estado disse

Diz o Sr. Director do JN que ...”A Segurança Social recuperou quase 20 milhões de euros em Setembro e Outubro, em resultado da notificação de empresas com declarações de remunerações em falta e da penhora de contas bancárias, disse ontem o Secretário de Estado da Segurança Social.”…disse o Sr. Director o que o Sr. Secretário de Estado da Segurança Social tinha dito...

E se tal não bastasse, disse ainda o Sr. Director que “Ora aqui está um bom exemplo da mentalidade portuguesa. Pelos vistos, bastavam uma simples notificação e umas penhoras, que não tinham ainda sido feitas. Façam o favor de notificar mais. Do lado dos devedores, o caso também é paradigmático à primeira, ninguém paga; com notificação, correm para a boca do cofre. É este problema de cultura que é preciso mudar… Simultaneamente, porém, caíam bem umas aulas de educação cívica nas escolas para que os mais novos não fossem educados a repetir os erros dos mais velhos” (já cá faltava a Educação).

Não Sr. Director, não é este o problema de cultura que temos que mudar (já agora, se não se importa, temos que mudar como? Com as aulas de educação cívica !?). Neste caso, o problema é que a Segurança Social parece não cumprir bem as suas funções. O que temos mudar è a incompetência dos serviços do Estado. O que temos que mudar é o excesso de Estado, e o Estado cumprir o que são as suas funções – para começar ajudava a justiça funcionar- e os Srs. Secretários de Estado falarem menos e trabalharem mais.
Isso, Sr. Director, é o que é necessário mudar.
Em relação à Cultura, deixe estar que a Sra. Ministra já está a tratar.

Ministra diz que câmaras devem financiar a Cultura

São momentos destes que fazem fraquejar as nossas convicções liberais.

Educação, essa Paixão!

A “Educação” é hoje, por (quase) todos, apresentada como fundamental para o crescimento pessoal e profissional dos indivíduos e desenvolvimento das sociedades. Assim sendo, governos sucessivos nela quiseram deixar a sua marca, milhares de pessoas dela vivem, professores, gestores e pessoal não docente das escolas, sindicalistas e funcionários desse maravilhoso “monstro” que tudo destrói, o (maldosamente) designado “Ministério da Educação”. São hoje tantos a definir estratégias, múltiplos planos de acção e milhares de medidas salvadoras, que já esqueceram que a escola é antes de mais um local onde se “ensina e aprende”, de preferência ensinam os professores e aprendem os alunos, em nome dos quais zelosos “trabalhadores” inventam novas formas de destruir o que ainda possa ser destruído. Fazem-no por maldade? Alguns sim, mas na generalidade não, apenas por voluntarismo e ignorância, ingredientes explosivos quando misturados num “Estado que tudo planeia e tudo controla”. Seres bem intencionados e munidos dos melhores estudos procuram incessantemente aquele “Plano”, o que irá retirar as nossas crianças e jovens da idade das trevas e transformá-los nas gerações do conhecimento e da inovação, lideres de um Portugal competitivo e de sucesso. Infelizmente este maravilhoso “Plano” não aparece, nem nunca aparecerá, e só não nos arruína enquanto nação porque esta é constituída pelo somatório dos seus indíviduos e estes, mesmo contra a loucura colectiva, vão encontrando formas de resolver os seus problemas.

Sempre que um ano escolar se inicia e assistimos, impotentes, ao miserável espectáculo das (re)colocações de professores, com total desprezo pelas suas vidas e dos seus alunos, dos horários que apenas se “fazem” dias antes do inicio das aulas, do já esperado “dia de luto nacional de professores e educadores (!?)” liderado pelos já habituais sindicatos que, todos os anos, lutam contra “este Ministro da Educação”, sempre o maior responsável (seja qual for!) por todos os males da dita, e de outras misérias a que já nos habituamos, numa estranha lotaria a que gostariamos de escapar. Entretanto alguns, cujas posses e descrença já não os faz perder mais tempo, pagam em duplicado a escola dos seus filhos inscrevendo-os no sector privado.

As pessoas, que sabem que a educação dos seus filhos é decisiva para o seu futuro seja porque os imaginam médicos, gestores de sucesso, presidentes de empresas ou mesmo da República, ou “apenas” melhores cidadãos, fazem inimagináveis sacrifícios para lhes proporcionar a “melhor educação” que as suas possibilidades permitem. Pessoas cuja soma não é mais do que o todo que somos nós, o Povo em nome do qual se “pensam” as melhores soluções e se executam as piores. Caso lhes fosse dado o direito (que deveria ser constitucional!) de escolher a escola dos seus filhos, pública ou privada, fariam certamente melhores escolhas. Por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Também os conselhos executivos das escolas deveriam ser responsáveis, se tal lhes fosse permitido, por tomar as decisões adequadas à sua comunidade escolar sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento, que após aprovação seriam implementados com autonomia pela equipa docente e não docente que mais garantias de boa execução desse. E se este projecto educativo fosse monitorizado e avaliado pelos interessados –a comunidade a que se dirige- não tenhamos dúvidas que tal levaria à melhoria de cada uma das escolas e do sistema de ensino em Portugal.

E então o que fazer ao Ministério da Educação, seus milhares de zelosos funcionários e dedicados sindicalistas que, juntos, “lutam incansavelmente pela melhoria da educação”? Antes de mais, e de imediato, acabar com ele. Depois, constituir uma nova unidade de apoio às escolas, que tivesse poucas mas importantes responsabilidades, que funcionasse como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.

Isto é fazível? É. Acontecerá? Quase de certeza que não. Porquê? Porque o ser humano, capaz dos maiores feitos, em alguns países e em determinadas fases da sua história tem capacidades de autodestruição que não foram ainda convenientemente explicadas, e que em Portugal ameaçam atingir níveis de “excelência”.
É triste? É! Mas é a realidade.
Texto publicado no Litoral Magazine de Setembro 2006

Coisas de Gajos

Se o gajo, que é gajo o diz!

terça-feira, novembro 14, 2006

Liberdade de escolha para todos

LA no O Insurgente coloca as pertinentes questões:
  • Porque é que todos os professores não são contratados individualmente por cada escola?
  • Porque é que os critérios de escolha em todas as escolas têm de ser iguais e decididos centralmente?
  • Porque é que as famílias não podem escolher qual a escola que querem para os seus educandos?
  • Porque é que as famílias não podem optar por diferentes currículos?
  • Que interesses são protegidos ao continuar-se a defender um modelo de gestão do sistema educativo que tem produzido os resultados que se conhecem? (Caro LA, esta nem fica bem perguntar, dada a evidência da resposta!!!)

Para se perceber o porquê, e assim responder às questões levantadas, nada como entrar na caixa de comentários e ruycaldas explica: Perante a questão:"Porque é que as famílias não podem optar por diferentes currículos?" a brilhante Resposta é: "Não entendo a questão."...está tudo dito!

«Porto, um deserto cultural»

Vale a pena ler a lista de eventos que o Gabriel descobriu na cidade do Porto.

Claro que a lista deve ser falsa, pois todos sabem que no Porto nada acontece em termos culturais. Ou não não se trata de manifestações culturais.

E logo numa terça feira. Isso é que era bom!!!

The Great Utopia

"What has always made the state a hell on earth has been precisely that man has tried to make it his heaven, F. Hõlderlin", The Road to Serfdom, de F. A. Hayek

TLEBS - a última aberração ...até à próxima

Obrigatório ler Helena Matos no Blasfémias sobre esta aberração do TLEBS.

Malditas almas estas, que dia a dia, ano após ano, trabalham no Ministério da Educação e nos Sindicatos de Professores e afins para destruir a capacidade de ensino pelos professores e de aprendizagem pelos alunos.

O que é que aconteceria a Portugal?

Se um dia um Governo no seu primeiro mandato de 4 anos apenas fizesse:

Ano 1: autonomia às escolas, cheque de ensino e liberdade de escolha para pais…fim do Ministério da Educação e...redução de impostos pelo valor das poupanças obtidas;
Ano 2: taxa única para todos os impostos de 20%; liberalização do mercado de trabalho, fim do IEFP, IAPMEI, ICEP e API… fim do Ministério da Economia e...redução de impostos ...;
Ano 3: fim dos subsídios à Cultura…fim do Ministério da Cultura e...redução de impostos ...;
Ano 4: ano de eleições;...reduzia impostos!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Não se importa de repetir !!!

"Sem ruptura total com o neoliberalismo, o problema principal continua por resolver",
afirma em entrevista de Domingo ao Público Blanco Cabrera, Mexicano, e um dos dirigentes comunistas que passaram por Lisboa para participar no encontro internacional comunista.

De tanto repetida, e por muita gente dita "não-comunista", esta mentira vai fazendo o seu caminho na sociedade actual.

domingo, novembro 12, 2006

Nacionalize-se!

Já não chega estes capitalistas da Ryanair explorarem o nosso aeroporto do Porto e ainda fazem destas:

Porto – Marselha – ida 6ªF, às 20h30, e regresso Domingo, às 20h00:
- péssimo horário: permite passar fim-de-semana em Marselha, sem pelo menos estragar um dia de trabalho;
- sai à hora e chega 30 minutos antes do previsto;
- hospedeiras simpáticas;
- serviço eficiente;
- tudo isto, por um preço vergonhoso de 250 euros (…para 4 pessoas!)

Devia ser proibido existir uma companhia que, não foi criada com o dinheiro dos contribuintes, dá lucros descomunais e faz serviço público às nossas custas...

Sou capaz de, um destes dias, fazer Porto-Lisboa na TAP só para chatear.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Caminante

Caminante, son tus huellas el camino y nada más; Caminante, no hay camino, se hace camino al andar. Al andar se hace el camino, y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. Caminante no hay camino sino estelas en la mar.
Antonio Machado

Do tempo em que se trabalhava

Porto, cujo lema é Labor Honor: de tempos em que não havia horário de trabalho:
“mas trabalhar assim no duro não o impediu de singrar na vida e fazer fortuna. E como naqueles tempos não eram conhecidas angústias, traumatismos psicológicos e stress de trabalho, tornou-se um vencedor”.

Gente empreendedora, como o «Barbas ao Domingo», que

“construiu na margem uma vivenda T vários zeros para morar. Nela instalou um negócio com mais sentido de oportunidade do que muitos comerciantes de agora, que se queixam da crise do século XXI, mas mantêm mentalidade e hábitos do século XIX. Sabendo que os barbeiros fechavam ao domingo, entrou em concorrência com eles adoptando o sugestivo nome de «Barbas ao Domingo». Assim, alojou a família e arranjou trabalho que os outros recusavam por ser dia santificado.”
HELDER PACHECO - “PORTO: O Sentimento da História”

quais eleições na América...vamos mas é tratar do bigode!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Amanhã isto melhora

Hoje, numa das minhas intermináveis viagens de carro, ouvi uma diligente sindicalista explicar que os direitos dos trabalhadores à greve não estavam a ser respeitados e por isso a coisa tinha corrido mal. Até, pasmei, parece que tinham sido requisitado os serviços minimos, facto que revoltou a senhora.

Mas, acreditava -a senhora- que a situação voltaria a melhorar, dada a maior adesão que estimava para amanhã. O INEM, para quem não esteja a ver, é aquela organização que salva vidas...

Já desconfiava

Agora tenho a certeza: a Boa América ganhou!
Obrigado Miss Pearls.

Contra o “Lucro”: intervir, intervir!

o governo escolheu desta vez como alvo os bancos, essas entidades misteriosas
que ganham dinheiro num país em que quase ninguém ganha

Em Portugal o Lucro é demonizado porque nele é concentrado todo o ódio aos ricos, os “capitalistas exploradores”. Engraçado, ou talvez não, é mais respeitado o que herdou uma fortuna do que aquele que trabalhou para a conseguir. Talvez porque o primeiro não coloca a nú a incompetência de muitos que nem tentam, porque ao primeiro calhou a sorte (ter um pai rico…ou ser cliente BES) e ou outro o mérito do seu trabalho.

Sempre que alguém enriquece, ou parece enriquecer, logo surge um justiceiro com vontade de corrigir essa “falha de mercado” a favor dos “desprotegidos”. Nesta saga, o determinado justiceiro julga aceder ao Olimpo. E assim nascem maravilhosas leis, umas atrás das outras, sempre a bem do povo, ao sabor das “falhas de mercado” do momento e da genialidade de quem as “pensa”.

A ideia de definir uma taxa única de imposto, acabar com duplas tributações, com impostos sobre impostos, com subsidios escandalosos, de acabar com todas as excepções e “protecções”, libertando dinheiro dos impostos para quem o ganhou, é algo que infelizmente ainda não passa pela cabeça de tão grandes pensadores.

Falta-me o tempo, mas voltarei à questão do “Lucro maldito” com uma história e algumas contas.

domingo, novembro 05, 2006

É uma discussão que não tem solução...

"É uma discussão que não tem solução fundada na ciência, porque a noção de pessoa não é uma noção científica ou biológica. É jurídica, moral, por vezes, religiosa." Resposta do Biofísico Henri Atlan quando questionado sobre a questão de "quando começa a vida", hoje na revista Pública.

O Nanny State

Brilhante artigo de António Costa Amaral na revista Dia D da edição impressa do Público, da passada 6ªF. Aguardamos texto no A Arte da Fuga.

Trabalho!


Já que pagamos os sindicalistas, será que não os podíamos escolher?

Vasco Pulido Valente

Carlos Vaz Marques entrevista Vasco Pulido Valente na próxima quarta-feira, no Pessoal e Transmissível, da TSF - depois do notíciário das 19h00.

Garante FJV, em A Origem das Espécies, que "a entrevista já foi gravada e é imperdível"...

Já fiz reserva no calendário semanal!

Porto perguntas sem resposta?

Se não soubessemos a resposta a muitas destas perguntas e se valesse a pena perguntar, também eu as faria.

SIM

Sou pelo SIM. O André Azevedo Alves, brilhante Insurgente que leio regularmente, não deveria cair na tentação de anexar numa única afirmação dois assuntos totalmente distintos. A discussão deveria ser entre se SIM ou NÃO à IVG. Também sou contra à subsidiação pelo Estado (excepto se a gravidez colocar em perigo a saúde da mãe, ou se essa gravidez tiver resultado de uma agressão), como sou em relação a quase todos os subsidios na sociedade portuguesa. Infelizmente o SIM vai levar às duas realidades, à IVG que defendo e à sua subsidiação que combato, mas essa è uma triste consequência do estado actual da Nação.
Que as fadas tambem se enganam no caminho até que compreendo
...só não percebo o porquê das asas...

I have a Dream

Um dia o mesmo acontece em todo o país e o resultado da refrega é devolvido aos portugueses, que pagam impostos, para o aplicarem onde melhor lhes aprouver...

sábado, novembro 04, 2006

Cartão de (bom) cidadão

A Inglaterra é um daqueles países onde não há um cartão tipo BI. Tradição liberal diz-se.

Mas a par com as
CCTV, o Governo inglês vai recolhendo e armazenando sistematicamente informação biométrica e de DNA, e pretende criar o tal cartão único de cidadão.

Mais uma vez, havendo vantagens em diversas áreas da existência de uma basae de dados assim (muitos crimes violentos são hoje resolvidos com recurso à análise do DNA), o perigo de má utilização da informação, nomeadamente pelos Governos, é enorme.

Só a título de exemplo, no meu DNA está identificado o meu pai e o meu filho. Sabe-se que doenças tenho e posso vir a ter. No meu cartão de cidadão estará toda a informação "oficial" que existe sobre mim: onde e quando nasci, com quem casei, onde moro e onde morei, onde trabalho, quando fui ao hospital, etc etc.

Qual o risco desta informação chegar às mãos de alguém que não lhe dá o uso apropriado?

CCTV


Esta semana em Inglaterra discutiu-se a vídeo vigilância (CCTV) e as implicações na privacidade (leia-se liberdade) das pessoas. A Inglaterra é o país mais "vídeo vigiado" do Mundo: há mais de 5 milhões de câmaras activas e uma boa parte dos locais públicos de maior movimento são vigiados 24 sobre 24 horas, ficando tudo registado em potentes servidores. Mas é também o país com maior tradição democrática do Mundo e assuntos como este merecem discussão exaustiva nos media.

Sendo unanimemente reconhecido que o CCTV é dissuasor da criminalidade e muito útil na resolução de crimes, há no entanto um risco (para mim, e para muitos outros, de maior amplitude) do acesso indevido aos dados gravados.

Ir na onda do "só quem tem alguma coisa a esconder é que tem que ter receio" é abrir a porta à "opressão consentida". Eu até posso nem ter nada a esconder. Mas tenho direito de o ter e, mais, tenho direito que isso não seja da conta de ninguém. Hoje as câmaras servem para os assaltos. Amanhã servem para quem fumar fora das zonas de fumo. Depois para quem cuspir para o chão. A seguir para quem atravessar fora da passadeira...

Big brother? Não obrigado.

quinta-feira, novembro 02, 2006

nem eu, nem eu...

"Eu nunca percebi para que serve o Ministério da Cultura", Rocha Antunes em "A baixa do Porto"

...caro Francisco, nem eu...

Big Brother

"O «Cartão do Cidadão» é uma realização do Estado extremamente perigosa, como já muitos chamaram a atenção. Apesar disso, o Parlamento aprovou a sua criação por unanimidade....!!!!" No entanto, a CNPD - Comissão Nacional de Protecção de Dados veio, no seu parecer, sintetizar várias das razões que fazem temer o pior:..." (Gabriel, no Blasfémias)

Pois é, unanimidade no Parlamento, nos media, nos (salvo raras e meritórias excepções) comentadores e no povo, que nem percebe que o monstro aumenta o cerco a cada dia que passa ...!!!
Um dia, já tarde, será tarde de mais...

Os génios e o trabalho

Todas as semanas, no Público, um senhor de seu nome Eduardo Prado Coelho contribui para o meu bem estar. Dono de um humor ao melhor nível dos Gatos, este bom homem brinda os pobres mortais como eu com as suas tiradas de génio: "ao fim de 3 anos, quando começava a ter vontade de trabalhar, mandaram-me embora" (não foi bem assim, mas o merecido sentido era este) e hoje (pena não ter link) revela perante nós, pobres mortais (repito), que já teve um gabinete numa qualquer escola em que nunca foi capaz de pensar (também não é assim, mas o sentido e a adequação à personagem é mais correcto se assim dito) porque o tinha que partilhar (ao gabinete) com mais dois seres de igual sabedoria. Era uma rambóia, era o que era, e ningúem lá conseguia trabalhar. Sempre que estas almas nos brindam com a sua existência, esforçada em prol do bem comum, fico feliz por pagar impostos...