sexta-feira, janeiro 12, 2007

O Porto, a falar de si para os seus

“Sei porque me lembro de Camilo. Mais do que um modo de escrever, trata-se de um modo de pensar a realidade. Com ironia, escárnio, amargura, azedume, desencanto, ilusão, desgosto. Às vezes raiva, outras revolta. Mas sempre com paixão e nunca com indiferença.” É assim o Porto. Mui Nobre e Sempre Leal. Cidade Invicta!

Mais ainda, “Cidade burguesa, liberal, firme e solidária nas suas convicções, o Porto é um território de fixações e sentimentos. Mas é, também, um território de inovação. Burgo de mercadores e comerciantes, berço de ideais e utopias. Cidade eterna, cidade-rio. Cidade-monumento, Cidade-património de torres e muralhas, de gentes e costumes, de vozes e silêncios, de cheiros e sabores, de encantos escondidos e jardins coloridos de camélias. E Cidade-sedução. Cidade de paixões e rejeições, amável e contraditória, distante e, só depois, calorosa. Cidade ao meu gosto, ou ao gosto da vida que mais me apetece”.

Livro “Porto: O sentimento da História”, de Hélder Pacheco

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