"Era, por isso, bom que, juntamente com o novo Estatuto da Carreira Docente, o Governo pudesse aprovar um estatuto da carreira de pais",
Manuel Carvalho, hoje, Editorial do Público
“mais do que o despotismo ou a anarquia, o que importa combater é a apatia”, Alexis de Tocqueville
quinta-feira, novembro 30, 2006
já não chegam as ideias dos Secretários de Estado...
quarta-feira, novembro 29, 2006
"Pensei que havia uma saída"
"o homem disse que, de facto, tinha notado uns barulhos "estranhos"...O casal reside na pequena freguesia do Marmeleiro, na Guarda, e deslocou-se ao Porto para ver uns amigos".
"Segundo adiantou, no local, fonte da Metro, foi a quinta vez que se deu uma infracção do género."...tá bonito, tá!!!
para ganhar dinheiro
Mário Pinto, Presidente da APCRI, hoje na CMVM
simples...porque a vida até que é simples...
segunda-feira, novembro 27, 2006
Estas sim, boas notícias
Certo, para já, é que o modelo escolhido "deverá ser suficientemente aberto para estimular a adesão de outras instituições portuguesas e estrangeiras de investigação em biomedicina e saúde pública", sublinha Sobrinho. " Os três institutos gostariam de ser o núcleo aglutinador de um conjunto de instituições, tanto de investigação, inovação e de serviços, como ainda, na interface com a indústria farmacêutica". (ver mais)
Parabéns ao Fogareiro
No Público, apesar de tudo, o melhor jornal português
- António Barreto, brilhante como (quase) sempre, a mostrar o “retrato exacto e quantificado daquele que é talvez o maior desastre de todas as políticas públicas portuguesas”…o malfadado “sistema de ensino”, “política de educação” ou lá o que é.
- "Oi cara, quem é o figurão?" - ou como em Portugal não se quer “ver” que o Brasil é uma potência mundial, e Portugal apenas (o que não teria nada de mal, não fossem os ares de grandeza) um pequeno país, e como tal irrelevante para o Brasil.
- Brilhante, como (também quase) sempre, Vasco Pulido Valente fala do “Portugal à chuva”, cujo “caos que as chuvas provocaram, de um lado, e o CCB e a Expo, do outro, representam exactamente o país”…
E para terminar, a reportagem de ontem na revista “Fugas” sobre a Coreia do Norte é um hino aos “amanhãs que cantam”. Agora compreendo porque é que o outro “não tinha a certeza de a Coreia do Norte não ser uma Democracia”. Andava o rapaz enganado, porque só pode ser...uma Democracia!!!
A realidade, quando bem trabalhada, ultrapassa em muito a melhor ficção…
mais uma Ordem! ...quem paga, quem é?
Perante tamanha enormidade, até passa como mera parvoíce o comentário final, de que “os notários, apesar de integrados agora no regime de profissão liberal, têm os preços da sua intervenção tabelados.” Vou traduzir em português: nós -notários- é que somos «bons liberais, pois ganhamos “à privado” mas com protecção do Estado”. Deve ser a isto que em Portugal se quer chamar Flexisegurança.
sábado, novembro 25, 2006
terça-feira, novembro 21, 2006
e lá estive eu 40 minutos, porque é mesmo a não perder!
obrigado ao Gabriel, no Blasfémias
segunda-feira, novembro 20, 2006
Telemóveis na vida dos pescadores
Na Índia, os pescadores "estavam à mercê dos negociantes; aceitavam o preço que lhes quisessem pagar. Se os barcos se avariavam, ficavam ali à deriva, à espera que alguém passasse. O telemóvel revolucionou a vida dos pescadores indianos"...explica Rajan, "estimando que os seus rendimentos triplicaram, passando para cerca de 150 euros por mês"..."conseguiu uma casa com electricidade e televisão".
Quando se grita contra a globalização, a sociedade capitalista, o lucro, etc, era bom lembrar que para alguns esse é o caminho da dignidade.
domingo, novembro 19, 2006
Deixe lá! Não resolva...
sábado, novembro 18, 2006
à procura de educação de excelência no estrangeiro...pois!
Não, há um povo resistente. Entre as mais de vinte estruturas (ministérios, departamentos, institutos e comissões) nacionais representadas há de tudo, da Alemanha e França à Lituânia, Letónia e Polónia. O nosso Portugal marca a sua presença pela... ausência." in "a vida em deli"
Contra o “Lucro”: intervir, intervir! (II) - como prometido
Primeiro, e mais nobre, acto de Responsabilidade Social das Empresas é ganhar dinheiro = LUCRO.
E deu um elucidativo exemplo:
Numa empresa, o EBITDA = 100 unidades (lucros antes de juros, impostos, provisões e amortizações, também chamado de “os lucros antes de descontadas as más noticias). Para simplificar:
Resultados Operacionais” = 100
100
- 10 para pagar juros às instituições financeiras
= 90
- 27 (30%) para pagar ao “maior accionista” da empresa, o Estado, via impostos
= 63
- 27 distribuídos aos seus diversos accionistas (nota 1)
= 36, que ficam na empresa para serem reinvestidos, e gerarem novos ciclos de crescimento futuro
nota 1: empresa pode distribuir 95% dos resultados (5% são por lei para reservas) mas só uma empresa irracional é que o faz, pois comprometia o seu futuro.
nota 2 : empresa que dá prejuízo destrói valor, parasita nos seus fornecedores, colaboradores ou instituições de crédito (dependendo de quem a está a financiar) ou do estado (dos contribuintes) se receber subsídios; logo é uma empresa Irresponsável Socialmente.
Segundo, e último, acto de Responsabilidade Social das Empresas é criar Emprego.
Mas, só cria emprego empresa que cresce, e só cresce empresa com lucros; por vezes para ter lucros é necessário destruir emprego, para poder crescer e criar mais e melhor (mais qualificado/melhor pago) emprego no futuro; trabalhador que custe à empresa mais do que produz, está a retirar valor à empresa e a tirar possibilidades de trabalho a quem o merece.
Se a empresa, sem que tal seja sua responsabilidade, decide fazer outros actos – mecenato ou outra qualquer actividade de apoio financeiro ou em serviços a indivíduos, instituições, à comunidade, etc- é porque decide pagar um “imposto incremental voluntário”; nota: se o fizer, aconselha que o faça de forma “concentrada” em actividades que gerem maior retorno “intangível” à empresa, à comunidade e à sociedade.
Relembrou também que de 100 que um trabalhador recebe, a empresa paga 123 (23% para Seg. Social) e o trabalhador vai ainda pagar S. Social, IRS pelo rendimento e uma panóplia de outros Impostos ao Estado, com o IVA à cabeça sempre que consome.
Concluindo, sem empresas com lucro, não há emprego, não há impostos, não há investidores, não há sociedade.
E digo eu, quem alegremente combate o lucro, combate a sociedade e combate a vida.
Nota Final: dois conselhos que deixou aos alunos, entre vários:
- quando saírem daqui, agradeçam a todas as pessoas simples que trabalham e pagam impostos, pois são também elas que estão a pagar os vossos estudos, e a única forma de o fazerem é estudando e contribuindo para a sociedade como futuros bons empresários e trabalhadores.
- ensinem sempre aos outros o que sabem e “façam-se” bons e dispensáveis, pois só assim serão promovidos, na vossa carreira nas empresas; quem é “indispensável” nunca pode ser promovido; quem preparou a sua saída (ensinando os outros) e é bom, é promovido. porque a empresa não o quer perder.
Que bom ter dito isto aos Estudantes, e a responsáveis da Universidade.
Que pena só o ter dito dentro da Universidade.
sexta-feira, novembro 17, 2006
vale a pena assistir a esta “aula”
Hoje, com a devida vénia (e abstraindo da questão particular em discussão) vale a pena assistir a esta “aula”.
quarta-feira, novembro 15, 2006
Lá vou eu comprar mais uma Fundação
Através da Fundação, disse, "pela primeira vez, o Estado passará a assumir um papel no financiamento da SMS, que dará estabilidade à instituição"..."sem a SMS, o panorama cultural de Guimarães seria hoje completamente diferente e muito mais pobre"...Mesmo assim, "não estou certo de que os vimaranenses tenham uma ideia muito clara do que seja a SMS", sublinhou Amaro das Neves.
É no que dá a gente pagar as autoestradas, a Senhora no mesmo dia vai ao Porto e dá um salto a Guimarães.
E tem toda a razão o camarada...
Anda o pessoal a trabalhar afincadamente para destruir (*) a capacidade de ensinar e de aprender e vinham agora os papás com ideias de “Liberdade (até me arrepiei) de ensino”. Isto só lá vai mesmo com um camarada “tipo Fidel”, na senda do ensino uno e bom, como o cubano.
Então se “tivemos todos (!!!???) a mesma oportunidade de dizer o que gostamos que se ensine”, foi para ensinar (formatar) as criancinhas todas por igual...não foi para que as criancinhas aprendam a pensar pela sua cabecinha.
É assim mesmo camarada, em frente, que o caminho para os “amanhãs que cantam” é longo e tortuoso. Mas não perca a esperança que tudo indica que é possível...
(*) Vale seguir a sugestão de Helena Matos, no Blasfémias, e ler Vasco Graça Moura no DN sobre a TLEBS.
Diz o Sr. Director que o Sr. Secretário de Estado disse
E se tal não bastasse, disse ainda o Sr. Director que “Ora aqui está um bom exemplo da mentalidade portuguesa. Pelos vistos, bastavam uma simples notificação e umas penhoras, que não tinham ainda sido feitas. Façam o favor de notificar mais. Do lado dos devedores, o caso também é paradigmático à primeira, ninguém paga; com notificação, correm para a boca do cofre. É este problema de cultura que é preciso mudar… Simultaneamente, porém, caíam bem umas aulas de educação cívica nas escolas para que os mais novos não fossem educados a repetir os erros dos mais velhos” (já cá faltava a Educação).
Não Sr. Director, não é este o problema de cultura que temos que mudar (já agora, se não se importa, temos que mudar como? Com as aulas de educação cívica !?). Neste caso, o problema é que a Segurança Social parece não cumprir bem as suas funções. O que temos mudar è a incompetência dos serviços do Estado. O que temos que mudar é o excesso de Estado, e o Estado cumprir o que são as suas funções – para começar ajudava a justiça funcionar- e os Srs. Secretários de Estado falarem menos e trabalharem mais.
Educação, essa Paixão!
Sempre que um ano escolar se inicia e assistimos, impotentes, ao miserável espectáculo das (re)colocações de professores, com total desprezo pelas suas vidas e dos seus alunos, dos horários que apenas se “fazem” dias antes do inicio das aulas, do já esperado “dia de luto nacional de professores e educadores (!?)” liderado pelos já habituais sindicatos que, todos os anos, lutam contra “este Ministro da Educação”, sempre o maior responsável (seja qual for!) por todos os males da dita, e de outras misérias a que já nos habituamos, numa estranha lotaria a que gostariamos de escapar. Entretanto alguns, cujas posses e descrença já não os faz perder mais tempo, pagam em duplicado a escola dos seus filhos inscrevendo-os no sector privado.
As pessoas, que sabem que a educação dos seus filhos é decisiva para o seu futuro seja porque os imaginam médicos, gestores de sucesso, presidentes de empresas ou mesmo da República, ou “apenas” melhores cidadãos, fazem inimagináveis sacrifícios para lhes proporcionar a “melhor educação” que as suas possibilidades permitem. Pessoas cuja soma não é mais do que o todo que somos nós, o Povo em nome do qual se “pensam” as melhores soluções e se executam as piores. Caso lhes fosse dado o direito (que deveria ser constitucional!) de escolher a escola dos seus filhos, pública ou privada, fariam certamente melhores escolhas. Por exemplo através de um sistema de “cheque ensino”. Também os conselhos executivos das escolas deveriam ser responsáveis, se tal lhes fosse permitido, por tomar as decisões adequadas à sua comunidade escolar sobre o projecto educativo a desenvolver e respectivo orçamento, que após aprovação seriam implementados com autonomia pela equipa docente e não docente que mais garantias de boa execução desse. E se este projecto educativo fosse monitorizado e avaliado pelos interessados –a comunidade a que se dirige- não tenhamos dúvidas que tal levaria à melhoria de cada uma das escolas e do sistema de ensino em Portugal.
E então o que fazer ao Ministério da Educação, seus milhares de zelosos funcionários e dedicados sindicalistas que, juntos, “lutam incansavelmente pela melhoria da educação”? Antes de mais, e de imediato, acabar com ele. Depois, constituir uma nova unidade de apoio às escolas, que tivesse poucas mas importantes responsabilidades, que funcionasse como centro de recursos e excelência, em áreas como o desenvolvimento curricular, a inovação pedagógica, a implementação de sistemas de auto-avaliação, ou a elaboração de exames nacionais para cada um dos ciclos de aprendizagem, entre outros.
Isto é fazível? É. Acontecerá? Quase de certeza que não. Porquê? Porque o ser humano, capaz dos maiores feitos, em alguns países e em determinadas fases da sua história tem capacidades de autodestruição que não foram ainda convenientemente explicadas, e que em Portugal ameaçam atingir níveis de “excelência”.
terça-feira, novembro 14, 2006
Liberdade de escolha para todos
- Porque é que todos os professores não são contratados individualmente por cada escola?
- Porque é que os critérios de escolha em todas as escolas têm de ser iguais e decididos centralmente?
- Porque é que as famílias não podem escolher qual a escola que querem para os seus educandos?
- Porque é que as famílias não podem optar por diferentes currículos?
- Que interesses são protegidos ao continuar-se a defender um modelo de gestão do sistema educativo que tem produzido os resultados que se conhecem? (Caro LA, esta nem fica bem perguntar, dada a evidência da resposta!!!)
Para se perceber o porquê, e assim responder às questões levantadas, nada como entrar na caixa de comentários e ruycaldas explica: Perante a questão:"Porque é que as famílias não podem optar por diferentes currículos?" a brilhante Resposta é: "Não entendo a questão."...está tudo dito!
«Porto, um deserto cultural»
Claro que a lista deve ser falsa, pois todos sabem que no Porto nada acontece em termos culturais. Ou não não se trata de manifestações culturais.
E logo numa terça feira. Isso é que era bom!!!
The Great Utopia
TLEBS - a última aberração ...até à próxima
Malditas almas estas, que dia a dia, ano após ano, trabalham no Ministério da Educação e nos Sindicatos de Professores e afins para destruir a capacidade de ensino pelos professores e de aprendizagem pelos alunos.
O que é que aconteceria a Portugal?
Ano 1: autonomia às escolas, cheque de ensino e liberdade de escolha para pais…fim do Ministério da Educação e...redução de impostos pelo valor das poupanças obtidas;
Ano 2: taxa única para todos os impostos de 20%; liberalização do mercado de trabalho, fim do IEFP, IAPMEI, ICEP e API… fim do Ministério da Economia e...redução de impostos ...;
Ano 3: fim dos subsídios à Cultura…fim do Ministério da Cultura e...redução de impostos ...;
Ano 4: ano de eleições;...reduzia impostos!
segunda-feira, novembro 13, 2006
Não se importa de repetir !!!
afirma em entrevista de Domingo ao Público Blanco Cabrera, Mexicano, e um dos dirigentes comunistas que passaram por Lisboa para participar no encontro internacional comunista.
De tanto repetida, e por muita gente dita "não-comunista", esta mentira vai fazendo o seu caminho na sociedade actual.
domingo, novembro 12, 2006
Nacionalize-se!
Já não chega estes capitalistas da Ryanair explorarem o nosso aeroporto do Porto e ainda fazem destas:
Porto – Marselha – ida 6ªF, às 20h30, e regresso Domingo, às 20h00:
- péssimo horário: permite passar fim-de-semana em Marselha, sem pelo menos estragar um dia de trabalho;
- sai à hora e chega 30 minutos antes do previsto;
- hospedeiras simpáticas;
- serviço eficiente;
- tudo isto, por um preço vergonhoso de 250 euros (…para 4 pessoas!)
Devia ser proibido existir uma companhia que, não foi criada com o dinheiro dos contribuintes, dá lucros descomunais e faz serviço público às nossas custas...
Sou capaz de, um destes dias, fazer Porto-Lisboa na TAP só para chatear.
sexta-feira, novembro 10, 2006
Caminante
Do tempo em que se trabalhava
“mas trabalhar assim no duro não o impediu de singrar na vida e fazer fortuna. E como naqueles tempos não eram conhecidas angústias, traumatismos psicológicos e stress de trabalho, tornou-se um vencedor”.
Gente empreendedora, como o «Barbas ao Domingo», que
“construiu na margem uma vivenda T vários zeros para morar. Nela instalou um negócio com mais sentido de oportunidade do que muitos comerciantes de agora, que se queixam da crise do século XXI, mas mantêm mentalidade e hábitos do século XIX. Sabendo que os barbeiros fechavam ao domingo, entrou em concorrência com eles adoptando o sugestivo nome de «Barbas ao Domingo». Assim, alojou a família e arranjou trabalho que os outros recusavam por ser dia santificado.”
quinta-feira, novembro 09, 2006
Amanhã isto melhora
Mas, acreditava -a senhora- que a situação voltaria a melhorar, dada a maior adesão que estimava para amanhã. O INEM, para quem não esteja a ver, é aquela organização que salva vidas...
Contra o “Lucro”: intervir, intervir!
que ganham dinheiro num país em que quase ninguém ganha”
Sempre que alguém enriquece, ou parece enriquecer, logo surge um justiceiro com vontade de corrigir essa “falha de mercado” a favor dos “desprotegidos”. Nesta saga, o determinado justiceiro julga aceder ao Olimpo. E assim nascem maravilhosas leis, umas atrás das outras, sempre a bem do povo, ao sabor das “falhas de mercado” do momento e da genialidade de quem as “pensa”.
A ideia de definir uma taxa única de imposto, acabar com duplas tributações, com impostos sobre impostos, com subsidios escandalosos, de acabar com todas as excepções e “protecções”, libertando dinheiro dos impostos para quem o ganhou, é algo que infelizmente ainda não passa pela cabeça de tão grandes pensadores.
Falta-me o tempo, mas voltarei à questão do “Lucro maldito” com uma história e algumas contas.
quarta-feira, novembro 08, 2006
domingo, novembro 05, 2006
É uma discussão que não tem solução...
O Nanny State
Vasco Pulido Valente
Carlos Vaz Marques entrevista Vasco Pulido Valente na próxima quarta-feira, no Pessoal e Transmissível, da TSF - depois do notíciário das 19h00.
Garante FJV, em A Origem das Espécies, que "a entrevista já foi gravada e é imperdível"...
Já fiz reserva no calendário semanal!
Porto perguntas sem resposta?
SIM
I have a Dream
sábado, novembro 04, 2006
Cartão de (bom) cidadão
Richard Thomas, the Information Commissioner, says that there is a growing danger of East German Stasi-style snooping if the State gathers too much information about individual citizens. (timesonline.co.uk)
Mas a par com as CCTV, o Governo inglês vai recolhendo e armazenando sistematicamente informação biométrica e de DNA, e pretende criar o tal cartão único de cidadão.
Mais uma vez, havendo vantagens em diversas áreas da existência de uma basae de dados assim (muitos crimes violentos são hoje resolvidos com recurso à análise do DNA), o perigo de má utilização da informação, nomeadamente pelos Governos, é enorme.
Só a título de exemplo, no meu DNA está identificado o meu pai e o meu filho. Sabe-se que doenças tenho e posso vir a ter. No meu cartão de cidadão estará toda a informação "oficial" que existe sobre mim: onde e quando nasci, com quem casei, onde moro e onde morei, onde trabalho, quando fui ao hospital, etc etc.
Qual o risco desta informação chegar às mãos de alguém que não lhe dá o uso apropriado?
CCTV
Esta semana em Inglaterra discutiu-se a vídeo vigilância (CCTV) e as implicações na privacidade (leia-se liberdade) das pessoas. A Inglaterra é o país mais "vídeo vigiado" do Mundo: há mais de 5 milhões de câmaras activas e uma boa parte dos locais públicos de maior movimento são vigiados 24 sobre 24 horas, ficando tudo registado em potentes servidores. Mas é também o país com maior tradição democrática do Mundo e assuntos como este merecem discussão exaustiva nos media. Sendo unanimemente reconhecido que o CCTV é dissuasor da criminalidade e muito útil na resolução de crimes, há no entanto um risco (para mim, e para muitos outros, de maior amplitude) do acesso indevido aos dados gravados. Ir na onda do "só quem tem alguma coisa a esconder é que tem que ter receio" é abrir a porta à "opressão consentida". Eu até posso nem ter nada a esconder. Mas tenho direito de o ter e, mais, tenho direito que isso não seja da conta de ninguém. Hoje as câmaras servem para os assaltos. Amanhã servem para quem fumar fora das zonas de fumo. Depois para quem cuspir para o chão. A seguir para quem atravessar fora da passadeira... Big brother? Não obrigado. |
quinta-feira, novembro 02, 2006
nem eu, nem eu...
...caro Francisco, nem eu...
Big Brother
Pois é, unanimidade no Parlamento, nos media, nos (salvo raras e meritórias excepções) comentadores e no povo, que nem percebe que o monstro aumenta o cerco a cada dia que passa ...!!!