terça-feira, fevereiro 27, 2007

À procura da liberdade

Texto de António Costa Amaral publicado sexta-feira dia 23 de Fevereiro no suplemento Dia D do Público, do qual vale a pena "plagiar" partes e ler todo na "origem":

We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed, by their Creator, with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty, and the Pursuit of Happiness”. É a primeira frase do preâmbulo da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, escrita em 1776.

O "direito à procura da liberdade" foi a feliz expressão cunhada por Thomas Jefferson para descrever o direito de todo o indivíduo de não ser forçosamente impedido de orientar a sua vida, de acordo com os seus próprios princípios, e pelos seus próprios meios, ou meios legitimamente adquiridos. É um excelente resumo do que é o liberalismo.

Se todos os indivíduos são diferentes entre si, e se o Estado os trata de forma igual, surgem e multiplicam-se as "desigualdades”. Para criar "igualdade", o Estado precisa que os indivíduos não sejam inteiramente livres, que os cidadãos não sejam inteiramente tratados por igual, e que o poder político possa intervir na vida das pessoas, tantas vezes quantas as necessárias para tentar materializar a prometida sociedade "justa”.

Hoje em dia, a parte mais importante da "felicidade" do cidadão é "garantida" pelo Estado. Do berço ao túmulo, o cidadão médio é arregimentado para entregar ao Estado metade da riqueza que produz: é obrigado a dedicar metade da sua vida do dia-a-dia à procura da "felicidade" do Estado Social. Que recebe em troca? A "garantia" de saúde, educação, segurança social, e alguns mais "direitos sociais", numa embalagem de tamanho único, mas sobretudo irrecusável. E nenhuma liberdade para aplicar os seus impostos– melhor dito, o fruto do seu trabalho, melhor dito, a sua propriedade privada– naquilo que necessita, naquilo que acredita, naquilo que o distingue de mais uma peça na engrenagem estatal.

Impõe-se recolocar o direito à "procura da felicidade" no centro das políticas públicas...importa regredir o megalómano e intrusivo Estado Social para um sistema politico-administrativo limitado nas suas funções, para que não possa atropelar o indivíduo em nome de ideologias fraudulentas.

1 comentário:

AA disse...

Ainda não tinha agradecido o destaque, muito obrigado!