Também de parabéns está o Leiria,
...que isto hoje correu bem aos portugueses.
“mais do que o despotismo ou a anarquia, o que importa combater é a apatia”, Alexis de Tocqueville
Também de parabéns está o Leiria,
...que isto hoje correu bem aos portugueses.
E este senhor que constituía uma garantia que "o clube" não ganharia coisa nenhuma, "abandona". Acho mal...
"Então porquê a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa? Porquê o medo? De quem e de quê? Talvez os fantasmas estejam na própria sociedade e sejam fruto da inexistência de uma cultura de liberdade individual."
Já “dando de barato” isso dos custos para o contribuinte e do Estado a fazer concorrência os privados, que é coisa que lá (França), como cá, não chateia muita gente.
José Manuel Moreira iniciou assim a sua colaboração no cada vez melhor Portugal Contemporâneo, agora com Rui Albuquerque, Pedro Arroja e José Manuel Moreira.
Má educação*, PUBLICO-15.07.2007-Vasco Pulido Valente
"Não sei como a minha geração, que viveu em permanente perigo de morte, conseguiu chegar à idade adulta. A bolas-de-berlim, por exemplo. Quando, em 1940 ou 50, comecei a ir à praia, comia bolas-de-berlim, com a criminosa colaboração da minha família. Aparecia a D. Aida com a sua lata e, em dez minutos, lá iam duas bolas a escorrer de creme, sem qualquer investigação ou autorização do Estado. O Estado nessa altura não se interessava pela minha saúde. Fazia mal, fazia muito mal.
Agora felizmente existe uma Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a ASAE, que vigia este delicado comércio. As bolas têm hoje de estar em malas térmicas com uma temperatura de, pelo menos, 7 graus, têm de ser servidas com pinças (suponho que para evitar o pernicioso contacto da mão humana) e os vendedores têm, como é natural, de tirar um curso especial de "manuseamento". As multas vão até aos 3740 euros; coisa que se percebe muito bem quando se trata de combater a bactéria e a toxina e, sobretudo, de proteger a infância.(...) E a ASAE não hesita. Na festa de Odivelas, fechou 16 barracas que vendiam "alimentos", por "falta de higiene" e "deficientes condições técnico-funcionais", e aprendeu 25 quilos de produtos "fora das regras". Quantas vidas não salvou com esta intervenção paternal? E que exemplo não deu a dezenas de loucas localidades, que preparam festas sem o escrúpulo e a assepsia que o nosso querido corpo exige.(...)
Na minha adolescência, era permitido ver filmes em que os cowboys matavam índios do princípio ao fim: um espectáculo deletério e deformador, que fica para sempre. Às vezes penso que, sem as bolas-de-berlim da D. Aida, sem as feiras populares por onde inconscientemente andei e sem cowboys, seria com certeza uma pessoa muito melhor. (...) "
*já o tinha lido no Público, revi hoje no MissPearls
na sede da campanha do novo salvador da capital (logo da pátria, quem sabe do mundo…), perguntava um alegre repórter, ao povo, de que freguesia vinha (parece que há umas 53 lá na terrinha) e eles respondiam...Famalicão, Teixoso, Cabeceiras de Basto,...e outras que agora não se me recorda, mas tudo terras do mais"alfacinha"...
Dizia mesmo uma fervorosa apoiante lá do "Costa da Capital", que lhe tinham dito que era para ir à Capital do Reino e ela lá foi, só não sabia ou que veio, mas lá estava...
.... bendita democracia esta onde o povo, nas “camenétas” do partido, assim se desloca para vitoriar os seus salvadores…
p.s. parece que os das 53 freguesias estavam a banhos lá para os ALLgarves…
Foi assim no passado, e será assim no futuro, o caminho para a ditadura, o caminho para a servidão. Infelizmente, para os que ainda consideram a liberdade a maior das conquistas, são mais os Portugueses que aplaudem do que os que combatem. Parece existir no íntimo “do Português” uma fé inexplicável no "bom ditador", aquele que põe na linha os "maus", que para cada um são todos os outros Portugueses, excepto ele. Infelizmente para todos os outros somos nós, apenas não sabemos quando.
“Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Maiakovski , Poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin… escreveu, ainda no início do século XX”.
Hoje, no Público, apenas foi destacado mais um passo…no caminho para a servidão.
"Numa pequena cidade do Estado americano de New Jersey, comentava-se há dias numa reportagem televisiva que os órgãos municipais estavam abertos e funcionavam somente durante três dias por semana. A razão era simples: o Partido Republicano local, que a governa desde sempre, entende que o governo deve ser módico, minimamente interventivo, e que deve deixar os cidadãos conduzir as suas vidas, sem os maçar permanentemente. Em seguimento lógico deste minimalismo governativo, as autoridades locais aplicam uma reduzida carga fiscal, proporcional aos serviços prestados, e muito menor do que poderiam, se quisessem, cobrar. No fim de contas, dizem, o governo existe para servir os cidadãos na justa medida do que eles podem precisar e requerer. Tudo quanto seja ultrapassar isso é considerado abuso, logo, não é tolerável. Em última instância, tratar-se-ia de meter o nariz nos "negócios" alheios, o que é uma evidente falta de educação.
Nos Estados Unidos da América, pelo menos em algumas partes do seu imenso território, o liberalismo existe. Afinal, não é uma utopia inexequível."