O (bom) facto da Universidade Fernando Pessoa e alguns dos seus licenciados em arquitectura terem exigido indemnizações à Ordem dos Arquitectos pode ser o início do fim de alguma da pouca vergonha que, em Portugal, permite a “Ordens” protegidas por “alvarás” atribuídos pelo Estado funcionarem de forma totalitária, anti-concorrencial e altamente protectora de quem está instalado na profissão, em prejuízo de todos os que legitimamente almejam entrar no mercado.
“Ordens” e outras entidades corporativas, como a inenarrável CTOC, que à custa de leis absurdas têm contribuído para o “roubo” de cidadãos que mais não querem do que chegar, legitimamente, com as suas competências ao mercado.
No nosso país, desde o condicionamento industrial da “velha senhora”, do qual nunca nos libertamos, e sempre em nome da “qualidade” e “protecção dos consumidores” as “Ordens” e quejandos não servem para, legitimamente, validar pela positiva os seus associados e os ajudar a desenvolver profissionalmente, mas para impedir todos os que não lhes pagam o “tributo” de exercer os seus direitos, e isto sempre com a cobertura do Estado.
Às ordens não lhes cabem reconhece cursos, nem prejudicar o direito ao trabalho e o bom-nome das instituições. A sua acção pode e deve ser “qualificante”, se e quando o mercado lhe reconhecer esse papel não quando o Estado lhe dá esse poder.
Pode ser que o acto da UFP e seus alunos seja apenas o primeiro de muitos, que a indemnização a pagar seja tal que a Ordem dos Advogados seja levada à falência e que, de uma vez por todas, se inicio o processo para acabar com esta pouca-vergonha.
Sem comentários:
Enviar um comentário