segunda-feira, janeiro 05, 2009

Portugal, o país imaginário segundo o IFSC

Independente de qualquer juizo partidário, vale a pena ler com atenção a mensagem de ano novo de Alexandre Relvas, Presidente do IFSC, em especial a parte onde é referido que:
"os Indicadores Estruturais e a Política Nacional.Os Indicadores Estruturais são particularmente relevantes, tendo em conta a política de propaganda do actual Governo, que apresenta sistematicamente um país imaginário que não corresponde ao país real. Os indicadores seleccionados traduzem objectivamente a evolução da realidade económica e social ao longo desta legislatura. Há realidades que não se podem deixar de sublinhar:
...Portugal empobreceu ao longo dos últimos 4 anos relativamente aos países da UE. Apesar disso os portugueses estão mais endividados, as empresas nacionais estão mais endividadas e o país está mais endividado.
...Apesar do fraco crescimento, a dívida externa do país passou, em quatro anos, de 64% para 90% do PIB.
...o equilíbrio das contas públicas – foi conseguido principalmente à custa de mais impostos. O Estado não reduziu os seus custos absorvendo cada vez mais recursos. A carga fiscal, isto é, o valor de todos os impostos que pagamos, já representa 37,5% do produto nacional. Pagamos mais 26% de impostos que a média europeia.
...Ao longo dos últimos quatro anos o desemprego aumentou sistematicamente afectando hoje 433.000 portugueses. Aumentou também o desemprego de longa duração e o desemprego da população mais qualificada. O desemprego atinge mais de 14% dos jovens até 24 anos."
Esta é infelizmente a história do país nos últimos 4 anos, como é infelizmente a história do país provavelmente nos últimos 20 anos. Portugal caminha para um empobrecimento permanente, em que os resultados desastrosos de uma crescente "estatização" da economia são sempre combatidos com mais "estatização" da mesma. E hoje, em que o "discurso da moda" é o da anti-neo-liberalismo, seja lá isso o que for e apesar de o liberalismo nunca ter tido qualquer papel no desenvolvimento do nosso país, mas isso sim, a pesada mão do estado ter cada vez um peso maior, abafando qualquer réstia de "mão invísível de mercado que pudesse algum dia ter existido.
Mas isto não promete melhorias...